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Economia

Auxílio ‘fura-teto’; ‘derretimento’ ministerial e juros em alta pautam Ibovespa da sexta

Debandada da equipe de Guedes turbina aumento da percepção fiscal pelo mercado

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Prévia do provável comportamento do mercado nessa sexta (22), de uma semana para lá de conturbada, que marca a decomposição moral de um governo que trabalha para si e não para os 210 milhões de brasileiros que deveria representar, os índices futuros do Ibovespa já acusavam alta no início da sessão de hoje, ante à debandada que tomou conta do Ministério da Economia, ninho do liberal de carteirinha, o ministro Paulo ‘fura teto’ Guedes, fiel escudeiro de desvarios presidenciais.

Eternização no poder – Desvarios à parte, o que importa é aferir as motivações da execução pública pelo Executivo – imposta à Nação, a qualquer custo – de um programa social bilionário que visa eternizar seu grupo político no poder (via reeleição), estratégia que lembra muito à adotada pela esquerda e seu Bolsa-Família, em passado fácil de lembrar.

Coincidência não existe – A bolada agora, sacada do menestrel econômico do Planalto, beira os R$ 30 bilhões, necessários para financiar o ‘benefício’ de R$ 400 por família eleitora (17 milhões!), para 2022, quando, por ‘coincidência’, há eleição presidencial, verdadeira meta do Executivo, em detrimento do princípio fundamental para o desenvolvimento economicamente sustentável de um país: a responsabilidade fiscal.

‘Tiro pela culatra’ – No entanto, ao acenar com benefício de igual valor, aos companheiros caminhoneiros, o tiro presidencial ‘saiu pela culatra’, uma vez que o presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, deixou claro que a categoria ‘não viu com bons olhos a medida e que não precisa de migalhas, não estamos mendigando nada”.

Debandada compacta – Com a debandada, saem de cena, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, que pediram exoneração de seus cargos a Guedes ontem (21), sendo seguidos pela secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e pelo secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, que alegou  “razões pessoais” para tomar tal atitude.

Só Freud explica – Esse cenário freudiano só serve para alimentar a percepção de risco por parte do investidor, que busca ativos mais seguros para garantir seus rendimentos, o que significa se afastar da renda variável, como se traduz na escalada dos juros do Ibovespa futuro, subida do dólar (R$ 5,70) e consequente desvalorização do real.

Ação brazuca sofre – Outro termômetro da disposição do mercado, o MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), principal ETF dos ADRs – índice que mede o comportamento das ações de empresas brasileiras negociadas nos Estados Unidos – depois de cair 4,8% na véspera (21), recua 1%. Também na quinta, os juros futuros no after market dispararam, como o DI para janeiro de 2023 marcando alta de 28 pontos-base, a 10,44%; DI para janeiro de 2025, indo a 34 pontos-base a 11,48%; e o DI para janeiro de 2027 com 41 pontos-base, a 11,88%.

Reforma descontaminada – Na sessão de hoje (22), o mercado observa os desdobramentos políticos que viabilizem a agenda econômica no Congresso, vide aprovação da PEC dos Precatórios, assim como confere o andamento da reforma do Imposto de Renda (IR), já ‘descontaminada’ de taxações alienígenas. Tais mudanças, segundo o governo, poderiam abrir uma margem de R$ 83,6 bilhões no ano que vem, a serem aplicadas religiosamente na reeleição do mandatário de plantão.

Investidores offshore – O único destaque da agenda vai para a participação dos investidores offshore – leia-se, isentos de taxação – respectivamente o ministro Paulo Guedes e o ‘xerife da moeda’ Roberto Campos Neto, na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que começa às 15h. Nos EUA, a expectativa é para com a divulgação, nessa manhã, dos números semanais de pedidos de seguro-desemprego do país.

Tio Sam vai bem – Alheios à problemática tupiniquim, os índices futuros ianques exibem ganhos nas bolsas de Nova Iorque, em continuidade aos avanços da quinta, quando o S&P 500 renovou a máxima histórica, como reflexo de resultados positivos dos balanços corporativos, em que 82,6% deles superaram as expectativas, conforme indicou a FactSet. Enquanto o Dow Jones futuro avança 0,22%, os futuros do S&P 500 têm alta de 0,11% e o Nasdaq futuro cai 0,17%.

Alívio temporário – Também no exterior, trouxe alívio aos mercados mundiais a informação de que endividada incorporadora imobiliária chinesa Evergrande teria condições de pagar, até amanhã (23) uma dívida já vencida em setembro, o que lhe permitiu valorização de 4,26% para seus papéis hoje (22)

Stoxx 600 avança – Na Europa, o índice Stoxx 600 – composto pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus – apresenta alta de 0,74%, igualmente beneficiado pelas notícias da incorporadora chinesa.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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