Avanço do coronavírus reduz fôlego dos investidores

Hoje pode ser mais um dia de cautela, com os investidores atentos ao noticiário sobre o avanço da segunda onda de infecção do coronavírus e, por aqui, a expectativa é com o noticiário vindo de Brasília. Às 9h10, o Ibovespa futuro registrava leve alta de 0,07%, aos 105.002 pontos.

Embora o mundo esteja aliviado com os anúncios de vacinas eficazes, os recordes de óbitos na Alemanha e na Rússia preocupam, enquanto nos EUA e no Japão a quantidade de infectados segue crescente. No Brasil, o número de internações por conta da doença também vem aumentando. Esse avanço coloca em xeque o ritmo de recuperação da economia no mundo e a necessidade de novos estímulos aos países.

Ontem, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a instituição analisará a possibilidade de novas compras emergenciais de títulos e empréstimos baratos quando organizar seu novo pacote de estímulo para ajudar a economia local.

Além disso, o mercado segue atento ao noticiário vindo de Brasília. Depois de um período de calmaria, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer declarações polêmicas que deixaram o mercado com a luz amarela acesa. Um dos temores é sobre a questão fiscal, já que tanto Bolsonaro quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizaram que, em caso de segunda onda da Covid-19, não está descartada a prorrogação do programa de auxílio emergencial. A preocupação dos analistas é de onde virá o recurso para manter o programa sem estourar o teto dos gastos.

Do lado corporativo, a JBS informou que registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre do ano, ante R$ 356,7 milhões no mesmo período de 2019. O resultado reflete o forte desempenho das unidades dos EUA e do Brasil, e também a redução nas despesas financeiras.

A Via Varejo reportou lucro líquido de R$ 590 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 346 milhões no mesmo período de 2019.

A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 674 milhões, ante lucro de R$ 100 milhões no terceiro trimestre de 2019.

Por aqui, há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que em setembro o volume de serviços no Brasil avançou 1,8% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Foi a quarta taxa positiva seguida, acumulando alta de 13,4% no período. Esse resultado sucedeu uma sequência de quatro taxas negativas, entre fevereiro e maio, com perda acumulada de 19,8%.

Em Nova York, o índice futuro do Dow Jones registrava queda de 0,77%, aos 29.080 pontos.