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Azul (AZUL4) reduz prejuízo e projeta diminuir pagamento de arrendamentos

Trata-se de uma das principais companhias áereas brasileiras.

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A Azul (AZUL4) reportou baixa de 10% no prejuízo líquido ajustado no primeiro trimestre de 2023 frente a igual período de 2022, saindo de R$ 808,4 milhões para R$ 727,6 milhões.

De acordo com o balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (15), sem ajustes o prejuízo líquido foi de R$ 322,2 milhões no período, revertendo lucro líquido de R$ 2,658 bilhões de um ano antes.

Também traz que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 1,030 bilhão, alta anual de 73,8%, refletindo em uma alta da margem Ebitda de 4,4 p.p. (pontos percentuais), para 23%.

Já a receita líquida somou R$ 4,478 bilhões no período, alta de 40% na comparação com igual etapa de 2022, e o custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (CASK) no 1T23 foi de R$ 37,19, 8% acima do 1T22, principalmente devido ao aumento de 23,6% no preço dos combustíveis.

O CASK excluindo combustível aumentou 1,7%, especialmente devido às nossas iniciativas de redução de custos e ganhos de produtividade.

Azul (AZUL4): arrendamentos

Em outro documento encaminhado ao mercado, a aérea atualizou sobre o estado dos acordos comerciais firmados com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais como parte de seu plano de reestruturação permanente.

Sujeito a certas condições, os acordos da reestruturação das obrigações da Azul com certos arrendadores e fabricantes contempla:

A eliminação das obrigações de pagamento de arrendamento que haviam sido anteriormente diferidas durante a pandemia da COVID-19;

A redução permanente nos pagamentos contratuais de arrendamento, para novas taxas acordadas de mercado;

O diferimento de determinados pagamentos a arrendadores e fabricantes, bem comoobrigações contratuais com fornecedores; e

Outras concessões, incluindo reduções nas obrigações de final de contrato de arrendamento e condições de devolução de aeronaves, eliminação de pagamentos de reservas de manutenção futuras e rescisão antecipada de determinados arrendamentos de aeronaves.

Plano

“Em conexão com esse plano de reestruturação, de maneira geral arrendadores e fabricantes concordaram em receber um título de dívida sem garantia vencendo em 2030 com um cupom de 7,5% ao ano, e um instrumento conversível em ações preferencias no valor de R$ 36,00 por ação. As ações estão sujeitas a um período de carência até o segundo semestre de 2024 e serão conversíveis em quatorze parcelas trimestrais, começando no final do período de carência e terminando no segundo semestre de 2027”, disse.

E acrescentou que os acionistas da Azul terão a oportunidade para participar do instrumento conversível de acordo com sua participação na companhia. O instrumento proposto de ações dos arrendadores e fabricantes possui um limite de valor máximo e mínimo, com o objetivo de minimizar a diluição para os acionistas da Azul e ao mesmo tempo proporcionar recuperação total para os parceiros. A diluição decorrente do instrumento é estimada em 17,5%. Ao longo do período de conversão, se entre o segundo semestre de 2024 e o segundo semestre de 2027 o preço de mercado das ações preferenciais da Azul estiver abaixo de R$ 36,00 no momento da medição, a Azul poderá compensar a diferença emitindo ações preferenciais adicionais, ou através de liquidação em dinheiro, ou através de um novo instrumento de dívidas.

“Se o preço de mercado das ações preferenciais for superior a certos limites, o número de ações a serem convertidas será reduzido e, portanto, a diluição será menor.

A Azul estima que a reestruturação descrita aqui reduzirá os pagamentos de arrendamento daqui para frente em aproximadamente R$ 5,4 bilhões.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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