Bancos mexem no fechamento de faturas: Como isso afeta seu cartão?

Os correntistas precisam ficar atentos! De fato, diversas instituições bancárias estão modificando as datas para o fechamento das faturas de seus respectivos cartões de crédito, e isso pode complicar muita gente!

Antes, o dia de fechamento do mês variava conforme o banco em questão, mas geralmente tal fato ocorria 10 dias antes do prazo final para o vencimento da fatura.

Lembrando que esse é o dia limite para haver um pagamento mínimo sem que a pessoa seja multada por juros de atraso, e essas penalidades também costumam sem bastante variáveis.

No modelo anterior, se o cliente realizasse alguma compra no dia seguinte ao do fechamento da fatura, ele tinha um período de até 40 dias para quitar o débito.

Infelizmente, com as novas medidas, esse tempo acabou sendo reduzido, e, portanto, é preciso estar atento para não atrasar as contas e acabar tendo que arcar com juros.

Dessa forma, encurtando o prazo ao qual a maioria das pessoas já está acostumada, as organizações podem aumentar seus lucros com o rendimento obtido através da aplicação do dinheiro do correntista.

Isso ocorre porque o intervalo entre o recebimento do pagamento e o repasse das cifras para os estabelecimentos de origem das compras será maior, e a Taxa Selic rendendo 13,75% anualmente torna tudo mais atrativo.

Idec cogita notificar o Banco Central sobre a mudança

Muita gente só percebeu mudança quando ela foi revelada pelo jornal Valor Econômico, depois que uma influenciadora expôs a situação em suas redes sociais.

Na publicação, a mulher reclama que o Itaú reduziu o tempo entre o fechamento e o vencimento da sua fatura para 8 dias, sendo que antes eram 10.

Assim, uma “chuva” de reclamações e protestos se iniciaram, e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) já revelou que irá notificar o BC (Banco Central) sobre a situação.

Para quem não sabe, todas as empresas bancárias que atuam no Brasil devem se reportar ao Banco Central em decisões que afetem a rotina dos correntistas dessa maneira.

Ione Amorim, economista e coordenadora do Programa Financeiro do Idec, lembra que, apesar de não haver uma regra que obrigue as instituições financeiras a manter os prazos, elas devem alertar os clientes antes de fazer mudanças.

“Querem reduzir? Precisam avisar aos consumidores dando ao cliente o direito de saber sobre a mudança e de não querer mais trabalhar com eles. Tem que avisar previamente.“