Conecte-se conosco

Ações, Units e ETF's

BC ‘não hesitará’ em aumentar Selic, caso a inflação não caia

Recado do Copom ao governo condiciona queda inflacionária à harmonia entre as áreas fiscal e monetária

Publicado

em

A harmonia entre as políticas monetária e fiscal reduz distorções e incertezas, além de facilitar o processo de desinflação (queda da inflação) e fomentar o pleno emprego. O recado direcionado ao governo federal consta da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado nesta terça-feira (28).

Alvo de controvérsia e polêmica em alto grau nas últimas semanas, envolvendo o Banco Central (BC) e o Executivo, o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) – pela quinta vez mantida em 13,75% ao ano – também contou com um tratamento expresso por parte do Comitê.

Ao ponderar que “a incerteza em torno das suas premissas e projeções (de inflação) atualmente é maior do que o usual”, o documento reafirma que o BC “segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, acrescentando que a autoridade monetária “não hesitará em retomar o ciclo de alta, caso a desinflação não ocorra como esperado”.

Em contraste com o desejo do Planalto, o Comitê reforçou a importância de “a concessão de crédito (público ou privado), se manter com taxas competitivas e sensíveis à taxa de juros”, como também faz menção ao ‘cenário de referência’ para este ano, que projeta uma variação de 5,8% para o IPCA, e de 3,6% para 2024, com destaque para a previsão de que o indicador acumulado em 12 meses no terceiro trimestre de 2024 (3T24) atinja 3,8% – período que serve de referência para a tomada de decisões na gestão monetária pelo BC.

Como reforço à ‘necessidade’ de manter a Selic no nível atual, no ‘cenário de referência’ citado, o Copom trabalha com uma taxa cambial de R$ 5,25, que ‘evoluiria conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC), assim como a perspectiva de continuidade de valorização do barril de petróleo, que deve aumentar 2% no período dos próximos seis meses.

No que toca às projeções inflacionárias, o Copom entende que estas continuam sendo ‘primordialmente afetadas’ pelas alterações nas expectativas, em que chama a atenção para a “desancoragem das expectativas das expectativas de inflação para prazos mais longos”, aliada à “uma redução mais abrupta da concessão de crédito doméstica ou global impactando a atividade econômica”.

Ainda uma vez justificando a Selic elevada, a autoridade monetária enfatiza, ao concluir, que a ”execução da política monetária, neste momento, requer serenidade e paciência para incorporar as defasagens inerentes ao controle da inflação através da taxa de juros e, assim, atingir os objetivos no horizonte relevante de política monetária”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS