Conecte-se conosco

Perfis

Bill Gates discute o impacto do autismo em sua vida e trabalho

Bill Gates revela possível diagnóstico de autismo em nova biografia.

O icônico bilionário e filantropo Bill Gates, conhecido mundialmente como o cofundador da Microsoft, lançará seu novo livro ‘Código-fonte, como tudo começou’ na terça-feira, 4 de fevereiro.

A obra promete revelar detalhes inéditos da vida de Gates, inclusive a reflexão sobre a possibilidade de estar no espectro autista.

Durante uma entrevista ao jornal O Globo, Gates revelou que só na fase adulta começou a considerar a hipótese de estar no espectro.

Essa ideia surgiu quando uma pessoa mencionou a possibilidade, o que levou Gates a lembrar de sua infância e adolescência, marcadas por desafios sociais e acadêmicos.

Bill Gates já foi até chamado de “retardado” na infância, termo hoje pejorativo e em desuso – Imagem: Fundação Bill Gates/Wikipédia

Experiências de infância e juventude

Na biografia, Gates narra um episódio significativo de sua infância, quando seus pais o levaram a uma fonoaudióloga para ajustar sua voz estridente. Na consulta, a família Gates ouviu, erroneamente, que o pequeno Bill era “retardado”. Tal termo, ofensivo e hoje obsoleto, demonstra o desconhecimento da época sobre condições como o autismo.

Gates recorda que, enquanto estudante, os professores tinham opiniões contraditórias sobre o seu potencial, pois alguns viam nele um talento brilhante e sugeriam um avanço de série; já outros, ao contrário, o julgavam imaturo, recomendando que o jovem repetisse o ano letivo.

Reflexões sobre características pessoais

Gates compartilha que, até hoje, percebe que hesita ao refletir sobre determinados temas. Esse comportamento, conhecido como “stimming”, é frequentemente associado ao espectro autista e auxilia no gerenciamento emocional.

Segundo Gates, compreender tais características foi crucial para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e ele acredita que a obsessão por softwares é uma consequência direta dessas particularidades, vistas por ele como uma chave para habilidades.

Para Gates, reconhecer suas singularidades foi essencial para seu sucesso. Ele enfatiza que, atualmente, essas características são vistas como benéficas, desde que bem direcionadas. Assim, o relato pessoal do bilionário oferece uma nova perspectiva sobre como aparentes desvantagens podem, na verdade, ser fontes de força e inovação.

Olá, sou John Monteiro, guitarrista e jornalista. Nascido no ano da última Constituição escrita, criado na periferia da capital paulista. Fã de história e política, astronomia, literatura e filosofia. Curto muita música, no conforto da minha preguiça, frequento mais palavras que livrarias.

Publicidade

MAIS ACESSADAS