Perfis
Henrique Bredda
história do investidor Henrique Bredda, um dos maiores nomes do mercado financeiro brasileiro
Perfil de Henrique Bredda
Nome completo: | Henrique Bredda |
Ocupação: | Sócio e gestor da Alaska Asset Management |
Local de Nascimento: | Sumaré, São Paulo |
Fortuna: | R$ 14 bilhões |
Tomates, batatas e ações, quem diria que essa combinação culminaria no sucesso de Henrique Bredda, atualmente um dos principais gestores de fundos do país.
O investidor paulista mostra que começou a desenvolver habilidade e entendimento nos investimentos graças a sua convivência prática com a sua família no interior de Sumaré.
De acordo com ele, no fundo de investimentos, tudo é variação de preço.
Então, como ele estava acostumado a ver o preço do tomate subir e descer o tempo todo, por causa de algum fator temporal, conseguiu associar esses fatos ao funcionamento da bolsa de valores.
Continue a leitura e conheça a trajetória de Henrique Bredda!
Quem é Henrique Bredda
Henrique Bredda é um homem de 39 anos, um paulista nada comum.
Hoje, ele é um dos principais gestores de fundos do país quando o assunto é investimento em ações.
Bredda é Engenheiro naval de formação, sendo diplomado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, uma das instituições mais concorridas do país.
Ainda na faculdade, Bredda mergulhou no mundo financeiro e hoje é da sua responsabilidade a Alaska Asset, que ajudou a criar em 2015.
Atualmente, a Alaska está avaliada em R$ 14 bilhões de reais.
Um belo salto para apenas 5 anos de existência, não é mesmo?
Bredda é o primogênito de uma família com três filhos e viveu até oito anos em um sítio onde o pai plantava tomate e batata.
Seus pais eram agricultores de Sumaré, cidade no interior de São Paulo.
Bem, o início da vida de Henrique Bredda foi bastante modesta, então qual será o segredo de sucesso deste homem?
Até então, sabemos que ele nasceu sem herança de família, mas o que não faltava em sua casa era incentivo à educação.
Formação
A UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) era pronunciada pelos pais como objetivo que os filhos deveriam perseguir.
Com esse objetivo em sua mente desde novo, Henrique Bredda conseguiu o que a sua família e ele tanto almejava: a aprovação.
Na verdade, Bredda não só passou vestibular da Unicamp, assim como também entrou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e na USP.
Com as aprovações, decidiu cursar engenharia, porque acreditava que o curso lhe abriria as portas do mercado financeiro.
E os caminhos realmente o levaram a esse mercado.
Tudo começou no terceiro ano de faculdade, em uma consultoria pequena, onde planilhava o balanço de empresas.
Em menos de um ano, tornou-se estagiário no Unibanco, na área de crédito corporativo, onde começou a aprender a ler balanço para valer.
Com a evolução, percebeu que seria importante um intercâmbio no exterior para melhorar o inglês.
Assim, com R$ 20 mil reais emprestados pelo pai, passou seis meses em Londres, estudando inglês e trabalhando como garçom.
Início da carreira
Voltando de Londres, em 2005, Bredda conseguiu uma oportunidade de emprego como analista de ações na Spinnaker, gestora inglesa especializada em mercados emergentes.
Entretanto, esse ainda não era o objetivo de Bredda.
Isso porque a Spinnaker não era focada em ações. Seu forte, na verdade, era a atuação em investimento em dívida.
Por isso, Bredda passou a trabalhar com a FVF Participações, o family office de Tom Valle (Antônio Carlos Freitas Valle).
Lá, se tornou sócio e tesoureiro do Garantia.
Em 15 de setembro de 2008 o Lehman Brothers, o quarto maior banco dos Estados Unidos, pediu concordata e desencadeou a crise financeira global de 2008.
Nessa situação nada favorável, vendo o mundo financeiro cair em colapso, surgiu a Ashmore, uma gestora britânica que trabalha como analista de ações.
A Skipper
Dois anos depois, em 2018, Henrique Bredda parte para outra empreitada, a abertura da Skipper.
Entre os sócios da empresa, estava Angela Freitas, filha mais velha do fundador da Universidade Anhembi-Morumbi.
Bem, a Skipper começou cuidando basicamente de investimentos da família de ngela, basicamente ela era a sócia capitalista que ancoraria a Skipper.
Entretanto, os anos seguintes foram um desafio.
Isso porque além de focar na análise das empresas e das ações, era necessário ter um time alinhado com a filosofia do gestor principal e essa não é tarefa simples.
E a cereja do bolo para completar o inferno na Terra, ainda havia a necessidade de ganhar a confiança dos sócios.
A estratégia de Bredda é o que se pode chamar de fundamentalista.
Assim, o investidor analisa profundamente e garimpa ações baratas e espera até que o mercado chegue à mesma conclusão, comece a comprar até que o papel se valorize.
Depois você vende e começa tudo de novo.
Seguindo essa estratégia de investimentos de longo prazo, Bredda criou o Black em 1º de janeiro de 2012, já com sob os fundamentalistas.
No primeiro ano, o fundo teve 38% de rendimento, em 2013, perdeu 9% e, em 2014, caiu mais 15%.
O surgimento da Alaska
A empresa não estava indo bem e Bredda tentou uma fusão com outra gestora, a VentureStar e foi aí que veio a salvação.
Ângela sugeriu uma conversa com o economista Luiz Alves Paes de Barros, um dos brasileiros mais experientes no mercado de ações.
Naquela época, o bilionário estava buscando uma equipe para abrir uma gestora.
E a conversa rendeu! Logo no início de 2015, nascia a Alaska, acrônimo com as iniciais dos principais sócios: A ( ngela), L (Luiz Alves), SK (Skipper) e A (Asset).
Uma curiosidade bem interessante sobre o nome Alaska também foi escolhida por remeter à região gelada e inóspita no Polo Norte.
Como Bredda havia afirmado, operar nesse tipo de estratégia necessita de muito sangue frio e paciência, mas assim como no Alaska, existem exuberantes belezas também.
Bredda se sentiu em paz de espírito trabalhando com Alves, afinal, os dois tinham visões de investimentos muito parecidas.
O início da parceria não foi das mais promissoras.
Na verdade, o fundo Black, que foi junto para a Alaska, fechou o ano de 2015 no vermelho, com perda de 22%.
Mas em 2016 o cenário mudou. Os fundos renderam 130%, três vezes mais que o Ibovespa.
O que aconteceu para essa reviravolta foi uma combinação de preço de dólar em baixa, juros caindo e a carteira de ações subindo forte.
A Alaska e a Magazine Luiza
Como descrevemos anteriormente, a virada de 2016 teve vários motivos, mas o melhor investimento da Alaska foi na Magazine Luiza.
O mais interessante na história sobre começar a investir na empresa foi devido a um mal-entendido que lhe fez passar vergonha diante do seu sócio bilionário.
Luiz Alves havia mandado uma mensagem para Bredda dizendo algo como “Magazine Luiza, queda, 40%”.
Pelo conteúdo da mensagem, Bredda havia entendido que a ação estava caindo 40% e que deveria estudar a empresa para ver se a ação representava uma oportunidade de compra.
Com isso, Bredda marcou uma reunião com o diretor financeiro da empresa.
Mas para a sua surpresa, quando obteve uma nova conversa com com Luiz Alves, descobriu que a mensagem, na verdade, queria dizer que o faturamento da Magazine Luiza estava caindo 40%.
Envergonhado com a situação, Bredda se dispôs a ir para a reunião mesmo assim, para não se desfazer dos executivos da Magalu.
A virada da Magazine Luiza
Aquela conversa acabou não gerando em compra e os empresários seguiram as suas vidas sem investir na Magazine Luiza.
Entretanto, ocorreu um fato bastante curioso em que o mercado não havia se atentado.
Em 2016, a Magazine Luiza fechou uma parceria com o BNP Paribas Cardif, braço de seguros da instituição financeira francesa.
Nesse negócio, a Magalu conseguiu 330 milhões de reais de caixa, em troca da venda de garantia estendida de seus produtos por dez anos.
Assim, com a entrada de capital de giro na empresa, Bredda e Luiz enxergam uma melhor oportunidade.
Além disso, a dupla havia percebido que a varejista vinha tocando projetos mais rentáveis, como o de comércio eletrônico.
Então, essa foi a hora de comprar. No início, a ação era considerada um mico, e oscilava abaixo de 30 centavos.
Mas isso não foi impeditivo para a Alaska investir na Magalu.
Hoje, quando perguntam a Bredda sobre o quanto o Black faturou, ele diz que essa seria uma conta muito complicada.
Mas que, dos 130% de rendimento registrado pelo Black em 2016, a Magazine Luiza respondeu por 30 pontos.
Logo quando começou a investir na empresa, ela valia R$ 400 milhões.
A Alaska continuou comprando até ela cair para R$ 180 milhões.
Depois dessa fase ruim, a ação não parou de subir e hoje ela vale cerca de R$ 150 bilhões em Bolsa.
Patrimônio Alaska
No início da companhia, em 2015, a Alaska estava avaliada em pouco menos de R$ 1 bilhão no final do ano.
Atualmente, a gestora vale cerca de R$ 14 bilhões.
Desse montante total, R$ 6 bilhões são de investidores estrangeiros, R$ 4 bilhões são dos próprios sócios da Alaska, por fim, os outros R$ 4 bilhões, são de investidores individuais.
Além disso, a rentabilidade do fundo, desde a abertura, está em cerca de 227% (em 9 de dezembro de 2020), contra 113% do CDI e 99% do Ibovespa.
Rendendo cerca de 840% entre janeiro de 2016 e janeiro de 2021, o fundo Black se tornou famoso inclusive nas redes sociais.
Atualmente, Bredda é um dos investidores mais populares no mundo digital, com 183,7 mil seguidores no Twitter e 355 mil seguidores no Instagram.
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