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Bloqueio de dividendos é exigido pelo ex-diretor da PETR4!
Guilherme Estrella requereu a suspensão do pagamento de R$ 32,1 bilhões em dividendos pela Petrobras ao Governo Federal.
Recentemente, o ex-diretor de exploração e produção da Petrobras (PETR3; PETR4), Guilherme Estrella, oficializou uma ação na Justiça, almejando impossibilitar o pagamento de dividendos pela empresa.
Na sexta-feira, a Petrobras, por meio de um comunicado ao mercado, indicou que o ex-diretor requereu o bloqueio de dividendos que totalizam 32,1 bilhões de reais, os quais foram aprovados no mês de julho e seriam pagos ao Governo Federal.
De acordo com a ação, cujo ex-diretor deu entrada, é alegado que devem ser realizados estudos comprovando que o fornecimento de dividendos não prejudicará a competitividade da Petrobras. Esta medida simboliza os impasses que a empresa vem enfrentando a respeito de sua política de pagamentos, cujo cenário tem sido os prósperos lucros ocasionados pelo aumento do preço do petróleo.
Até o momento, a companhia brasileira não apresentou uma resposta formalizada, e, fora do horário comercial, esclarecimentos aos comentário sobre os acontecimentos recentes.
Em virtude de o lucro estipulado para a Petrobras no terceiro trimestre ter sido mais alto do que o aguardado, o Ministério Público (MP) e os procuradores do Tribunal de Contas da União (TCU) solicitaram nesta sexta-feira, dia 05, a suspensão de aproximadamente R$ 43,7 bilhões de dividendos comunicados pela empresa na última semana.
O subprocurador geral do MP, Lucas Rocha Furtado, afirmou ser imprescindível analisar a legitimidade e a viabilidade dos pagamentos a partir da distribuição em dividendos, dado a ameaça à sustentabilidade financeira da estatal e o déficit de disponibilidade em caixa. Nas palavras dele:
“Faz-se, pois, necessária e urgente a intervenção dessa Corte de Contas, até mesmo com a finalidade de preservar a moralidade pública, a imagem, o respeito, a reputação das instituições públicas e a sustentabilidade financeira da empresa e conhecer e avaliar os mecanismos estabelecidos para a distribuição de dividendos da Petrobras”.
Os cálculos da Reuters indicam que o valor de R$43,7 bilhões vai além daqueles dividendos fornecidos pelas principais petroleiras globais, tal como ocorreu no segundo trimestre, onde a empresa usufruiu de altas nos preços estipulados para o petróleo, além de custos baixíssimos para a exploração do pré-sal.
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