BNDES define para março assembleia de acionistas da Eletrobras

A próxima assembleia extraordinária de acionistas para discussão da privatização da Eletrobras deverá ocorrer em fevereiro próximo, de acordo com cronograma apresentado, nessa quarta-feira (5), pelo chefe do departamento de Estruturação de Empresas e Desinvestimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Leonardo Mandelblatt, ao marcar para meados de março o lançamento da oferta de capitalização da estatal, além da ‘precificação da operação’ – preço mínimo do leilão – prevista para abril deste ano.

Acórdão do TCU – “Temos a expectativa de ter, em março, um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a desestatização, lembrando que, antes disso, há um outro acórdão do TCU, para janeiro, sobre a descotização (das usinas da Eletrobras)”, explicou.

Ajustes de valores – Também de acordo com o BNDES, o período para a precificação foi definido após ‘alguns ajustes de valores’ acertados entre o governo e o TCU (Tribunal de Contas da União).

Cenários de oferta – Durante o evento, o banco Genial – integrante do consórcio de assessores da desestatização – traçou cenários para a oferta primária, e uma ‘potencial’ oferta secundária, caso a primeira não seja suficiente para promover a ‘diluição’ da parte da União no capital votante da estatal.

Valor-base – Tomando como valor-base de referência de R$ 24,4 bilhões para a oferta primária – ponto médio entre a faixa fixada pelo governo, de R$ 22 bilhões a 26,6 bilhões – caberia uma potencial oferta secundária elástica, de R$ 500 milhões a R$ 8,4 bilhões, condicionado ao preço por ação da Eletrobras. No caso específico da oferta secundária, o governo aplicou uma faixa de preços entre R$ 32,57 reais e R$ 55 reais por ação da estatal.

Só na hora – Na avaliação do Genial, o número de ações utilizado nas ofertas primárias e secundárias será estabelecido no instante mesmo do lançamento da oferta, levando em conta a cotação da Eletrobras nos 15 dias anteriores. Nessa quarta, as ações preferenciais da Eletrobras registravam queda de 0,7% a R$ 31,17.