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Economia

Bolsa de Valores e Dólar sobem após protestos de domingo em Brasília

A expectativa é de que os acontecimentos de ontem se dissipem e percam força. Mercado vê com moderação as ações que ocorreram em Brasília.

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O índice de ações de referência do Brasil, o Ibovespa, iniciou as negociações desta semana indo na direção oposta aos mercados internacionais, caindo 0,39 por cento no início do pregão após os protestos pacíficos se transformarem em uma invasão de importantes prédios do governo em Brasília por radicais no domingo.

Os analistas esperam que a sessão de segunda-feira seja de volatilidade. Apesar de abrir em tendência de queda, o Ibovespa voltou ao preto menos de uma hora depois, antes de cair novamente. Por volta das 11h, o Ibovespa caía 0,56%, aos 108.355 pontos. Após as 12 horas a bolsa voltou a subir, principalmente pelos eventos internacionais que abrangem a reabertura chinesa, preço do brent avançando e a proximidade de balanços financeiros de grandes companhias.

As ações de duas das empresas de maior peso do índice – as grandes Petrobras e Vale – seguiram essa tendência, abrindo o dia em queda, mas logo se recuperando das perdas.

A moeda brasileira abriu o dia em baixa de mais de 1 por cento, mas também atenuou a queda após algumas horas. Por volta das 11h, o real brasileiro havia caído 1,13% em relação ao dólar americano, chegando a US$ 1: R$ 5,29. As taxas de juros futuras, por outro lado, ainda apresentam fortes solavancos ao longo da curva.

Lucas Lima, analista da VG Research, destaca que as invasões de domingo sem dúvida aumentam as incertezas políticas no curto prazo, o que prejudica os mercados. No entanto, para o médio prazo — ou seja, ao longo da semana — a expectativa é de que os acontecimentos de ontem se dissipem e percam força. Isso se deve também a intervenção federal realizada em Brasília até o fim de janeiro.

“No entanto, os ataques tiram o foco do que realmente importa, que é a discussão da agenda econômica”, diz Lima.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era esperado para participar de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nesta segunda-feira para discutir o aumento do salário mínimo para R$ 1.320, compromisso que agora deve ser adiado.

O aumento do salário mínimo foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas alguns economistas questionam a disponibilidade de recursos para que isso aconteça.

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