Bolsonaro ameaça reagir fora dos limites da Constituição

O presidente Jair Bolsonaro reagiu à aceitação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, do pedido de investigação sobre as acusações feitas da confiabilidade das urnas eletrônicas.

Moraes recebeu a notícia-crime feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acusa o presidente de ter espalhado informações falsas e ataques contras as instituições, em especial ao ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE.

Imediatamente, Bolsonaro disse em transmissão ao vivo pelas redes sociais que “esse inquérito não está dentro das quatro linhas da Constituição, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”.

O ministro do STF pediu a transcrição pela Polícia Federal do vídeo da live de Bolsonaro da última quinta-feira (29) – que mostrou antigos vídeos desmentidos anteriormente como indícios de irregularidades das urnas eletrônicas – e a oitiva dos envolvidos na mesma na condição de testemunhas.

Na transmissão desta quarta-feira (4), o presidente voltou a denunciar supostas irregularidades no sistema de votação ao apresentar um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018 para investigar uma tentativa de ataque hacker ao sistema do TSE naquele ano.

De acordo com o TSE, no entanto, a tentativa de invasão teria ocorrido no início de 2018, sem qualquer impacto nas eleições daquele ano. O presidente disse que iria disponibilizar na internet a íntegra do inquérito da PF, no qual o próprio TSE reconheceria ter sofrido uma invasão cibernética.