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Política

Bolsonaro é orientado por aliados a prorrogar o auxílio emergencial

Opção seria a alternativa mais rápida e segura do que o lançamento do Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família.

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Bolsonaro e Guedes

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem sendo aconselhado por aliados a prorrogar mais uma vez os pagamentos do auxílio emergencial 2021, que termina em outubro. Um dos motivos tem a ver com o alto índice de rejeição do seu governo, que atingiu o percentual recorde de 64%, segundo o PoderData.

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Os mais próximos do chefe do executivo também estariam preocupados com o lançamento do programa Auxílio Brasil. O intuito é criar uma solução ágil e urgente para impulsionar a popularidade de Bolsonaro, visto que o projeto de reformulação do Bolsa Família pode demorar para ser apreciado e votado na Câmara.

Informações preliminares apontam que o Ministério da Economia, chefiado pelo ministro Paulo Guedes, está do lado contrário à prorrogação do auxílio emergencial. Na opinião do executivo, o objetivo é lançar o Auxílio Brasil assim que a última rodada da atual prorrogação chegue ao fim.

Vale destacar que o governo federal vem encontrando obstáculos para financiar o novo programa de distribuição de renda, assim como os impasses encontradas no Congresso. Ademais, para não se deparar com as proibições eleitorais, o Auxílio Brasil precisa sair ainda este ano.

Auxílio emergencial pode ser prorrogado?

De acordo com a Constituição, é necessário existir imprevisibilidade e urgência para o uso de um crédito extraordinário. Neste caso, usar a pandemia como justificativa para a prorrogação do auxílio não se valeria, pois o número de casos e mortes pela doença estão em queda no país.

De acordo com integrantes do governo, o auxílio emergencial beneficiaria mais pessoas de forma simples e rápida, além de melhorar a popularidade do presidente. Porém, é preciso encontrar uma forma de subsidiar as novas parcelas.

Renovado duas vezes desde que foi lançado em 2020, o benefício já custou aos cofres públicos neste ano a quantia de R$ 36 bilhões, segundo informações da Secretaria do Tesouro. Sendo assim, para ampliar o programa mais uma vez, garantindo um tíquete médio de R$ 300, será preciso assegurar um montante de quase R$ 60 bilhões.

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