Bolsonaro quer prorrogação da desoneração do combustível, mas Haddad nega

Essa desoneração deveria acabar em 31 de dezembro. Dessa forma, os preços voltariam a subir no primeiro dia de janeiro de 2023, quando acontece a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como um ato de boa vontade, Bolsonaro sugeriu então prorrogar a desoneração para que o próximo governo não seja impactado negativamente.

A negociação foi feita entre o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em discussão, a prorrogação foi oferecida por 60 dias, no entanto Haddad solicitou que fosse prorrogada por apenas 30 dias. A desoneração iria continuar vigente apenas durante o primeiro mês de mandato petista.

Prorrogação da desoneração é cancelada?

Surpreendendo, a assessoria de imprensa do futuro ministro publicou uma nota nesta terça-feira, 27. Ela informava que Haddad teria pedido para que a isenção dos impostos não fosse prorrogada. Esse pedido foi feito ao atual governo logo após o Haddad conversar com o presidente eleito.

Ele afirma que o governo irá achar outras maneiras de controlar os preços do combustível, logo que tomar a posse e puder averiguar a situação. Sobre o pedido em questão, ainda não houve uma resposta do governo atual.

A equipe de transição de Lula se posicionou, afirmando que não sabia se a prorrogação seria para 30 ou 60 dias. Vale ressaltar que isso não diz respeito apenas ao Ministério da Fazenda, pois também envolve outras áreas.

De toda forma, a medida que iria prorrogar a isenção dos impostos sobre a gasolina já está pronta e deverá ser aprovada ou não por Bolsonaro. A isenção atua não somente na gasolina mas no diesel e no gás de cozinha também. Se a medida não for prorrogada, é de se esperar que os preços voltem a subir logo no primeiro dia de 2023.

Em resumo, ainda não há uma decisão final sobre o assunto. O que podemos apontar é que a equipe que vem trabalhando na transição entre os governos é contraria à ideia de desonerar os impostos sobre os combustíveis.