Boom brasileiro de startups esfria

Durante um período, o Brasil passou por um processo chamado de “Boom das startups“. De fato, na última década, as startups no território brasileiro cresceram mais de 60 vezes, refletindo em um cenário de grande ofertas de emprego, inovação e tecnologia regulatória, além da rápida penetração de serviços online, que foram catalisados pela dinâmica pandemia e o isolamento social.

Veja também: BRDE Labs convida startups a pensarem o mundo do amanhã

Além disso, somente no ano passado, essa indústria fez o despejo de cerca de 9,4 bilhões de dólares no Brasil, de acordo com a plataforma de análise Distrito.

Já no ano de 2022, todavia, a partir dos bancos centrais interferindo nos estímulos dos últimos dois anos na tentativa de conter a grande onda inflacionária das últimas quatro décadas (em especial a dinâmica de 2022), muitos empreendedores estão tendo que segurar nas apostas, focando em manter um baixo fluxo de caixa caso esse processo demora a estabilizar-se.

Nesse sentido, de acordo com o layoffsbrasil.com, um site criado para recolocação de profissionais de tecnologia, já conta com cerca de 3 mil demissões no setor somente em 2022 no Brasil.

Além disso, esses cortes incluem plataformas, como :imobiliária digital QuintoAndar, o portal automotivo Kavak, a plataforma para comércio eletrônico VTEX, a fintech Ebanx e a corretora de criptomoedas Mercado Bitcoin, citando alguns magnatas no que refere-se às startups avaliadas em torno de 1 milhão de dólares.

Por conseguinte, para os especialistas desse setor da indústria voltada ao capital de risco, o clico para reajustar a balança deve demorar algo em torno de dois anos, caso o cenário mantenha-se ainda como está hodiernamente. Todavia, caso o cenário se agrave, as estimativas não são positivas para o mercado na escala internacional.