Brasil ainda não discute redução da carga horária de trabalho

Sem sombra de dúvidas, o trabalho como conhecíamos antes da pandemia da COVID-19 mudou completamente. Um exemplo disso é o próprio modelo a distância, mais conhecido como home office. Na realidade, o processo de distanciamento social conseguiu alterar completamente a relação dos sujeitos com o trabalho.

Em vista disso, com essa mudança crescente nos hábitos de trabalho, essa discussão acerca de novas propostas pautadas na redução da jornada está tornando-se cada vez mais comum e frequente em vários lugares do mundo todo.

Desse modo, na medida em que determinadas empresas passam a adotar essas mudanças recentes em seu formato de trabalho, com a finalidade de efetivamente expandir os horizontes e aprimorar o bem-estar, bem como a produtividades dos colaboradores, no território brasileiro, o avanço dessa ideia, bem como a própria discussão em seu cerne, está avançando a passos de formiga, de forma tímida e singela.

Desse modo, até o presente momento, todas as propostas que visam diminuir a carga horária dos sujeitos no trabalho, tornando a redução menos drástica do que uma redução súbita nos dias trabalhados na semana, não tiveram sucesso nenhum, muito menos despertaram a atenção os parlamento ou, até mesmo, da sociedade que não sabe que esse debate está sendo pautado em escala mundial.

Inclusive, os dois projetos que estão em tramitação não tiveram nenhum avanço, mesmo que os modelos de trabalho tenham se tornado cada vez mais palpáveis depois da pandemia. Inclusive, um deles foi implementado cerca de 25 anos atrás pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que visava diminuir a carga horária trabalhada de 40 horas semanais para 30 horas semanais sem alterar o salário mínimo estipulado