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Economia

Brasil, campeão ‘eterno’ da desigualdade mundial

Segundo relatório, 1% mais rico da população concentra quase metade da riqueza do país

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O tempo passa, o tempo voa, mas a desigualdade do país continua numa boa….A paródia de uma antiga propaganda de banco (não por acaso) retrata a realidade cruel do país mais desigual do planeta, no que toca à distribuição de renda.

É o que atesta a edição mais recente do relatório Global Wealth Report 2023, segundo o qual ‘pindorama’ segue na liderança da iniquidade socioeconômica mundial, em que quase metade de toda a sua riqueza (48,4% ou cerca de R$ 1,28 trilhão) está nas mãos de somente 1% da população (pouco mais de 2 milhões de pessoas), os chamados super ricos.

Considerando o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base no cruzamento de dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a PNAD contínua, do segmento de 1% de brasileiros mais ricos, o patrimônio médio por pessoa gira em torno de R$ 4,6 milhões, entre aqueles acima de 18 anos.

Mas se o estrato corresponder a 0,1% da população, o patrimônio salta para R$ 26,2 milhões por pessoa. Outra ‘curiosidade’ do estudo da FGV  é  que, ao menos, metade do patrimônio do segmento de 1% mais ricos é constituído por imóveis, seu principal ativo, vindo, em seguida, ações e veículos.

Ao fazer a análise do patrimônio familiar de 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo, a Global Wealth projetou que a riqueza global atingirá US$ 629 trilhões até o ano de 2027. Desse montante, a América Latina deverá participar com US$ 2,4 trilhões. Pela primeira vez, desde 2008, em 2022 houve queda da desigualdade, em que a participação do 1% mais rico caiu para 44,5% do total global.

Também no ano passado, o contingente de milionários no mundo apresentou redução de 3,5 milhões, para 59,4 milhões. Esse dado, porém, exclui o grupo de 4,4 milhões de “milionários da inflação”, levando em conta a inflação de um ano atrás.

Para a empresa global de serviços financeiros UBS, caberá aos países de renda média o papel de ‘motor’ das tendências globais nos próximos anos

No ranking das perdas de riqueza no ano passado, a liderança coube aos Estados Unidos, Japão, China, Canadá e Austrália. Em contrapartida, os maiores avanços de riqueza foram identificados na Rússia, México, Índia e Brasil.

Parcela da riqueza detida pelo 1% mais rico (da população):

Brasil: 48,4%;

Índia: 41%;

Estados Unidos: 34,3%;

China: 31,1%;

Alemanha: 30%;

Coreia do Sul: 23,1%;

Itália: 23,1%;

Austrália: 21,7%;

França: 21,2%;

Reino Unido: 20,7%;

Japão: 18,8%.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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