Saúde
Brasil vai ganhar laboratório científico para investigar patógenos
O Sirius será integrado ao Orion.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve ontem em Campinas, interior de São Paulo, para o lançamento da pedra fundamental do Projeto Orion. Este complexo laboratorial, destinado a pesquisas avançadas em patógenos como vírus, bactérias e parasitas causadores de doenças, será o mais avançado da América Latina e um dos mais importantes do mundo.
O evento aconteceu no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde está localizado o Projeto Sirius, um acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados, considerado a maior infraestrutura de pesquisa já construída no Brasil. O Sirius será integrado ao Orion, oferecendo uma inovação significativa na pesquisa de patógenos, pois o acelerador de partículas pode revelar detalhes das estruturas atômicas.
“Quero deixar para meus netos e bisnetas um mundo muito melhor, mais humanista, saudável e democrático do que aquele que recebi dos meus pais. É isso que deve prevalecer: que tipo de mundo queremos? E é isso que me orgulha ao participar do lançamento de um centro de pesquisa extraordinário como este, um laboratório sem similar no mundo”, afirmou o presidente Lula.
Investigar patógenos
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que o Projeto Orion colocará o Brasil em evidência na pesquisa científica internacional. “O Orion permitirá que o nosso país monitore, isole e estude agentes biológicos, desenvolvendo métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos para doenças”, explicou.
O Projeto Orion contará com instalações de alta tecnologia e máxima biossegurança, classificadas como NB4, inéditas na América Latina. Ele possibilitará experimentos em áreas como vigilância sanitária, identificação de patógenos de alto risco, pesquisa de vacinas, métodos de diagnóstico, tratamentos de doenças e estratégias epidemiológicas.
Integrado ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Orion é financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com apoio do Ministério da Saúde. Até junho de 2024, foram repassados R$ 240 milhões ao projeto, e estão previstos mais R$ 760 milhões até 2026, totalizando mais de R$ 1 bilhão em investimentos.
“Todos os países precisam se preparar para novas pandemias, e o Orion está no eixo do PAC de preparação para novas emergências em saúde”, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, também presente no evento.
(Com Agência Brasil).
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