Braskem celebra contrato com Maceió para pagamento de R$ 1,7 bi

A petroquímica Braskem (BRKM5) celebrou contrato com o município de Maceió para pagamento de R$ 1,7 bilhão.

Em documento encaminhado ao mercado, informou que o acordo assinado estabelece indenização, compensação e ressarcimento integral do município em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial.

Desse montante, elencou, cerca de R$ 700 milhões já haviam sido provisionados pela companhia em exercícios anteriores.

“O Termo de Acordo Global estabelece a indenização, compensação e ressarcimento integral do Município de Maceió em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial por ele suportado, e está sujeito à homologação judicial”, disse.

Braskem (BRKM5) em Maceió

O caso diz respeito a um afundamento de solo em várias regiões da capital das Alagoas por conta da exploração de sal-gema por parte da companhia.

Vale lembrar que a Braskem é uma empresa detida pela Novonor e pela Petrobras (PETR3; PETR4) e a primeira busca um comprador para o ativo.

Entretanto, o a Justiça se movimento no sentido de suspender qualquer venda por parte das empresas investidoras enquanto a Braskem não resolver sua situação no Estado Nordestino.

A petroquímica já tem três interessados, sendo a Unipar Carbocloro (UNIP6), a J&S, dona da JBS (JBSS3) e a gestora Apollo coligada à petroleira árabe Adnoc.

As duas primeiras ofereceram R$ 10 bilhões pela Braskem, mas a vencedora deverá apresentar uma proposta que agrade não apenas os acionistas, mas também os credores.

Senador

O Senador Renan Calheiros é um dos agentes públicos que está no encalço da companhia, justamente por ter sido eleito pelas Alagoas, Estado que representa.

Ele já recorreu, inclusive, aos Tribunais locais para, com isso, obrigar a petroquímica a chegar a um acordo com a administração da capital.

Nota da Prefeitura

A prefeitura de Maceió comunicou que os recursos que serão pagos pela Braskem após a celebração de acordo serão utilizados para a reação de obras estruturantes na cidade e para a criação de um Fundo de Amparo aos Moradores.

A nota diz que o acordo não invalida as ações ou negociações entre a Braskem e os moradores de regiões afetadas pelo colapso do solo, que obrigou 50 mil moradores a deixarem suas casas no ano de 2018