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Busca de crédito apresenta recuo de 3,1% em 2022

Juros elevados estão ‘na raiz’ da demanda fraca no ano passado

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Sequela financeira que afetou todas as faixas de renda – sobretudo, por conta da manutenção, pelo Banco Central (BC) dos juros, no abusivo patamar de 13,75% ao ano – a busca de crédito por brasileiros despencou de uma alta de 19,4% em 2021, para um recuo de 3,1% no ano passado, revelou a Serasa Experian, ao apontar que o recuo mais forte (-3,8%) se deu nas menores faixas de renda mensal, entre R$ 500 e R$ 1 mil.

Para o economista do birô de crédito, Luiz Rabi, a cautela do consumidor em tomar novos empréstimos está na raiz da baixa acentuada da procura por recursos no mercado. “Até em épocas em que os gastos são elevados, como nas festas de fim do ano, os brasileiros consomem apenas o que necessitam, porque sabem que janeiro é um período em que muitos impostos devem ser pagos e não desejam começar o ano com o orçamento comprometido”, explica.

A tendência negativa já se pronunciava em dezembro último, quando a busca de crédito já havia recuado 31,6%, ante igual mês de 2021. Desde então, a baixa atingiu todas as faixas de renda.

Recurso seletivo – Tal realidade difícil também é enfrentada pelo pequeno empresário, que participou com apenas 14,6% do dinheiro disponível para empréstimos destinados a esse segmento, relativo ao terceiro trimestre de 2022 (3T22). Nesse período, instituições financeiras, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander teriam destinado R$ 689,4 bilhões de crédito às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), de um total de R$ 4,7 trilhões,

De todas as instituições, o BNDES foi a que destinou maior percentual ao segmento (23%), correspondentes a R$ 107 bilhões, de um total concedido de R$ 455 bilhões, confirmando sua opção preferencial de fomentar a economia. O pódio da concessão de recursos aos pequenos é fechado por pelo Bradesco (20%) e Itaú (18%), respectivamente, na segunda e terceira posições no ranking. Bem atrás, vêm os bancos públicos Banco do Brasil (10%) e Caixa (8%).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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