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Economia

Caged aponta a criação de 188 mil postos de trabalho em julho

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

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Após registrar alta em junho, a criação de empregos formais caiu em julho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertas 188.021 vagas com carteira assinada no último mês, resultado que reflete a diferença entre contratações e demissões.

Apesar da queda em relação ao mês anterior, o número de novos postos de trabalho representa um aumento de 32,3% em comparação a julho do ano passado, quando foram criadas 142.107 vagas. O volume de empregos gerados em julho de 2023 é o maior desde 2022 para este mês.

Nos primeiros sete meses de 2023, foram criadas 1.492.214 vagas, o que representa um crescimento de 27,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses dados consideram as atualizações realizadas pelo Ministério do Trabalho com base em declarações enviadas fora do prazo pelos empregadores. O resultado acumulado é o mais expressivo desde 2021, quando 1.787.662 postos foram abertos entre janeiro e julho.

Caged

Embora a geração de empregos tenha mostrado força em julho, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou preocupação com a possibilidade de aumento da taxa de juros no segundo semestre. Marinho, que critica a política monetária do Banco Central, alertou que um aumento na taxa Selic pode impactar negativamente os investimentos, o mercado de trabalho e o orçamento público. “Isso [um possível aumento de juros] é uma aberração econômica. Espero que o Banco Central fale sobre controlar a inflação pela oferta, não pela restrição de demanda”, afirmou o ministro.

Em julho, todos os cinco setores econômicos analisados pelo Caged registraram criação de empregos formais. O setor de serviços liderou com a abertura de 79.167 vagas, seguido pela indústria (incluindo transformação, extração e outros tipos), que criou 49.471 postos de trabalho. O comércio ficou em terceiro lugar, com a geração de 33.003 novas vagas.

A construção civil também registrou crescimento no emprego, com 19.694 novos postos. Apesar do impacto do fim da safra de vários produtos, a agropecuária conseguiu criar 6.688 vagas no período.

Destaques por Setor

No setor de serviços, o destaque foi o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que gerou 45.352 vagas. A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais também contribuíram significativamente, com a criação de 11.102 postos de trabalho.

Na indústria, o principal destaque foi a indústria de transformação, que adicionou 45.803 empregos formais. O segmento de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação também teve um bom desempenho, com a criação de 1.986 vagas.

Desempenho Regional

Todas as regiões brasileiras registraram crescimento no emprego formal em julho. O Sudeste liderou, com 82.549 novas vagas, seguido pelo Nordeste, que criou 39.341 postos. O Sul gerou 33.025 vagas, enquanto o Centro-Oeste e o Norte criaram 15.347 e 13.500 empregos formais, respectivamente.

Ao analisar os estados, o Espírito Santo foi a única unidade da federação a registrar saldo negativo, com a eliminação de 1.029 vagas. São Paulo (+61.847 postos), Paraná (+14.185) e Santa Catarina (+12.150) foram os estados com maior criação de empregos, enquanto os menores saldos foram registrados no Amapá (+472), Tocantins (+205) e Roraima (+137).

Rio Grande do Sul

Em relação ao Rio Grande do Sul, o ministro do Trabalho destacou que o saldo positivo de julho, com a criação de 6.690 vagas, reflete os investimentos do governo federal na reconstrução do estado, afetado por enchentes em abril e maio. Este foi o primeiro saldo positivo desde abril, e Marinho considerou o resultado uma “surpresa muito positiva”.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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