Curiosidades
Campeões olímpicos têm mais de um trabalho para sobreviverem
Nem sempre o caminho para obter as medalhas é fácil.
Participar das Olimpíadas é o sonho de muitos atletas ao redor do mundo. No entanto, o caminho para chegar ao pódio nem sempre é fácil, principalmente quando se trata de sustentar financeiramente a carreira esportiva.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Global Athlete em 2024, cerca de 71% dos atletas olímpicos, paralímpicos e aspirantes relatam ter um emprego remunerado fora do esporte. Isso mostra que a realidade dos competidores vai muito além das competições e dos holofotes.
Atrás do reconhecimento e da estabilidade financeira
Para muitos atletas, o custo de treinamento e preparação para as Olimpíadas é alto. Os gastos com equipamentos, viagens para competições, treinadores e outras despesas podem chegar a dezenas de milhares de dólares por ano.
Além disso, a incerteza da estabilidade financeira após a aposentadoria esportiva faz com que muitos atletas busquem alternativas para se manterem, enquanto perseguem seus sonhos olímpicos.
No Brasil, por exemplo, o programa Bolsa Atleta, mantido pelo governo federal desde 2005, auxilia os competidores com subsídios que variam de acordo com a categoria do atleta.
Ainda assim, muitos atletas brasileiros precisam conciliar o esporte com outros empregos, permutas e vaquinhas para arrecadar dinheiro e conseguir financiar suas carreiras esportivas.
Em outros países, como Cingapura, Malásia, Itália e Filipinas, os prêmios para medalhistas olímpicos chegam a valores mais altos que no Brasil.
Isso mostra que a valorização dos atletas varia de acordo com a política de cada país em relação ao esporte de alto rendimento.
Treinamento dos atletas é cansativo, o que afeta o segundo trabalho, e este, por sua vez, também impacta os treinos – Imagem: reprodução
Alguns atletas, como Jack Laugher e Robbie Manson, recorrem a plataformas como o OnlyFans para gerar renda extra.
Outros, como Morelle McCane e Olivia Coffey, encontram empregos flexíveis fora do esporte para continuarem focados em seus objetivos olímpicos.
Até mesmo os mais influentes como Rebeca Andrade e Rayssa Leal aproveitam a fama gerada pelo esporte para firmarem parcerias com grandes marcas e garantirem uma fonte de renda estável.
Por outro lado, alguns atletas conseguem fazer fortuna com seus feitos esportivos, como é o caso da ginasta Simone Biles e de jogadores da NBA como LeBron James.
E, para os que planejam o futuro além das competições, os estudos e o empreendedorismo se tornam alternativas viáveis.
A maior parte dos atletas se prepara para uma vida pós-esporte, seja voltando para os estudos ou investindo no próprio negócio, entendendo que a vida nos esportes pode não ser eterna.
Exemplos como o jogador de vôlei Bruninho, o ex-jogador de vôlei Tande e o nadador Gustavo Borges mostram que a experiência no esporte pode ser um trampolim para novas oportunidades de negócio, como investimento em restaurantes, bares e academias.
A diversificação de fontes de renda e a busca por soluções criativas para se manter financeiramente são essenciais para os atletas olímpicos que buscam alcançar o sucesso nas competições.
Por trás das medalhas e das conquistas estão histórias de superação e determinação, que mostram que o caminho para o pódio pode ser mais desafiador do que imaginamos.
*Com informações da revista Forbes.
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