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Economia

Campinas irá ganhar distrito para pesquisa e inovação

Área terá 11,3 milhões de metros quadrados.

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A cidade de Campinas, localizada a cerca de 110 quilômetros da capital São Paulo, está se preparando para receber uma nova região voltada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. Trata-se do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (Hids), uma área de 11,3 milhões de metros quadrados, onde haverá espaços para moradia e trabalho em grandes empresas, startups, laboratórios e instituições de ciência, tecnologia e inovação.

Segundo o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, o Hids será “um distrito de inovação, com uma série de laboratórios capazes de realizar, em grande escala, experimentos relacionados à transição ecológica e energética”. Além disso, será um centro de pesquisa para produção agrícola, insumos de saúde e computação quântica.

“A ideia é criar um distrito de inovação integrado à vida cotidiana das pessoas, onde elas possam se organizar e ter acesso a todas as facilidades modernas, com foco na criação de conhecimento e inovação. Este projeto envolverá estruturas universitárias, centros de pesquisa, empresas e o poder público”, acrescentou Meirelles durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), realizada em Brasília.

Campinas

O distrito tecnológico incluirá a Fazenda Argentina, pertencente à Unicamp, e integrará áreas já ativas, como o Campus Zeferino Vaz da universidade, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) – que abriga o acelerador de partículas Sirius –, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o Instituto de Pesquisas Eldorado, o centro de inovação da Cargill Agrícola S.A. e o condomínio Global Tech, onde estão empresas como HP, Venturus, Hitts, Confidence e Braskem.

Eduardo Gurgel do Amaral, presidente da Fundação Fórum Campinas e membro da coordenadoria de implantação do Hids, enfatiza a excelência de Campinas. Ele destaca a disponibilidade de mão de obra altamente qualificada e a concentração de empresas e instituições de pesquisa e tecnologia, características raras na América Latina.

“O projeto do Hids não é apenas de interesse local, mas nacional, reposicionando o país na geração de conhecimento e aumentando nossa competitividade. Vejo o Hids como um catalisador de uma verdadeira revolução”, afirmou Amaral.

Sem data, por enquanto

Ainda não há data definida para a inauguração ou construção de novas estruturas no Hids. A implementação depende da aprovação de legislação municipal, prevista para após as eleições de outubro ou no próximo ano, com a renovação da Câmara de Vereadores. O futuro distrito também não possui cronograma de obras nem orçamento final, sendo que apenas a infraestrutura viária está estimada em cerca de R$ 200 milhões. A criação do distrito demandará recursos públicos e privados.

O planejamento do Hids foi elaborado pelo Korean Research Institute for Human Settlement (KRIHS), com financiamento a fundo perdido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que apoia o projeto.

O reitor da Unicamp promete que o distrito será um exemplo de sustentabilidade ambiental. “A primeira iniciativa da Unicamp foi recuperar os corredores ecológicos da região. A área da antiga Fazenda Argentina ainda abriga fauna como onça-parda e lobo-guará, além de uma flora rica. Vamos compatibilizar a preservação ambiental com o desenvolvimento de inovação em ciência e tecnologia”, afirmou.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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