Economia
Carnaval de 2023 deverá faturar R$ 8,18 bilhões
Receita da festa popular deve superar em 26,9% à apurada em 2022, estima a CNC
Uma folia ‘pra lá’ de lucrativa. É o que promete oferecer o carnaval brasileiro na edição 2023, cuja receita global deverá superar R$ 8,18 bilhões, montante 26,9% maior à apurada no ano passado, conforme previsão feita, nesta quinta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No cerne do avanço de faturamento da maior festa popular do país, o economista da CNC, Fabio Bentes aponta a recuperação do setor de turismo, em especial, nos últimos meses, deixando para trás a crise de anos anteriores. Nesse aspecto, ganha destaque a retomada forte da circulação do setor de serviços turísticos, como resposta à demanda reprimida, desde os tempos da pandemia. “E isso deve acontecer no carnaval deste ano”, garante Bentes.
O evento mais importante do calendário turístico nacional acaba sendo bom negócio, proporcionado por aqueles que não curtem os folguedos. “Até quem não gosta de carnaval acaba gastando dinheiro em viagens para o interior, para fora do Brasil”, observa o economista.
Mesmo com a recuperação consistente (embora recente) – após o término das limitações de mobilidade (lockout) impostas pela pandemia da covid-19 – a estimativa de receita para este ano ainda deverá ficar abaixo da registrada em 2020, quando o turismo exibiu faturamento de R$ 8,47 bilhões. “É uma evolução que só não igualou o carnaval de 2020 [período anterior à pandemia] porque as condições econômicas pioraram entre o carnaval de 2022 e o de 2023”, explicou Bentes.
Também contribuem para inibir uma expansão mais expressiva dos negócios, prossegue o economista da CNC, os juros altos, que afetam diretamente, sobretudo, os pacotes turísticos financiados, que sofrem o peso do reajuste de 23,53% das passagens aéreas nos últimos 12 meses concluídos em dezembro último, ante o mesmo período de 2021.
Ao mesmo tempo, igualmente tiveram altas, serviços com demanda aquecida nessa época do ano, como hospedagem (8,21%) e pacotes turísticos (7,16%), cujos percentuais superaram, inclusive, a variação do índice oficial de inflação – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – de 5,79%. “Se a gente estivesse com situação mais favorável ao consumo, seguramente o setor de turismo conseguiria, pelo menos, empatar o volume de receitas no carnaval de 2023”, afirmou Bentes.
Levando em conta os setores envolvidos na festa, o de bares e restaurantes deve responder por quase 84% da receita global, correspondente a R$ 3,63 bilhões; o de empresas de transporte de passageiros, R$ 2,35 bilhões; e serviços de hospedagem em hotéis e pousadas, R$ 0,89 bilhão. “Os dois primeiros, porque são o que chamamos de consumo simultâneo, concomitante ao feriado. Quer dizer, ninguém compra alimento em um restaurante ou viaja muito pagando antecipadamente”, concluiu Bentes.
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