Economia
Cesta básica sobe nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em 2022
Goiânia foi a campeã dos aumentos (+17,98%), seguida de perto por Brasília (+17,25%)
Em todas as 17 capitais brasileiras, houve alta da cesta básica em 2022, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O maior aumento da cesta foi verificado em Goiânia, onde ela subiu 17,89%, seguida de Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%). Em contraste, as menores variações ocorreram em Recife (6,15%) e em Aracaju (8,99%).
Com o quarto maior valor no ranking nacional, a cesta do Rio de Janeiro subiu de preço 12,98% no período de dezembro de 2021 ao mesmo mês de 2022, custando R$ 752,74. Pelos cálculos do Dieese, no mês passado, o trabalhador carioca, que ganha um salário mínimo, teria de enfrentar uma jornada de 136 horas e 38 minutos da jornada mensal para adquirir os itens de sua cesta, ao passo que em dezembro de 2021, seriam necessários 133 horas e 15 minutos.
Considerando o valor médio da cesta básica carioca em 2022, esta custava R$ 730, o que representa um acréscimo de 14,44% em relação ao ano anterior, quando então custava R$ 637,89.
No ano passado, os seguintes itens tiveram elevação na cesta carioca:
Batata – 67,98%
Farinha de trigo – 36,15%
Banana – 32,78%
Leite integral – 26,67%
Manteiga – 25,16%
Pão francês – 15,68%
Tomate – 8,25%
Arroz agulhinha – 7,30%
Carne bovina de primeira – 2,97%
Café em pó – 2,28%
Óleo de soja – 1,62%
Somente o feijão preto (-3,38%) e o açúcar refinado (-0,89%) tiveram redução.
Se considerado dezembro último, ante novembro de 2022, a cesta subiu de valor em 14 das 17 capitais consultadas na pesquisa. A mais cara delas foi São Paulo, onde ela custava, em média, R$ 791,29, vindo em seguida Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). A lanterninha da carestia ficou com Aracaju (R$ 521,05).
Levando em conta a determinação constitucional, pela qual um salário mínimo deveria ser suficiente para suprir despesas de uma família, com alimentação, habitação, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que este deveria valer hoje R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes maior que o valor atual, de R$ 1.212.
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