Economia
Governo propõe salário mínimo de R$ 1.630 para 2026 com alta real de 2,5%
O valor representa um reajuste nominal de 7,37%.
O salário mínimo poderá subir para R$ 1.630 a partir de janeiro de 2026, de acordo com a proposta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviada dia 15 ao Congresso Nacional. O valor representa um reajuste nominal de 7,37% sobre os atuais R$ 1.518 e segue a fórmula de correção que combina a inflação do período com crescimento real de até 2,5%, conforme estabelece o novo arcabouço fiscal.
A correção é baseada na projeção de 4,76% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses encerrados em novembro, mais um aumento real de 2,5%. Essa metodologia, que voltou a vigorar em 2023, considera o INPC mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, mas dentro dos limites do novo regime fiscal, que restringe o avanço das despesas públicas.
Segundo estimativas do Ministério do Planejamento e Orçamento, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa um impacto de aproximadamente R$ 400 milhões no Orçamento da União. O peso vem do fato de que benefícios como aposentadorias, pensões, abono salarial, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) são atrelados ao piso nacional. Para 2026, o impacto líquido do novo salário mínimo na Previdência será de R$ 44,1 bilhões — R$ 115,3 bilhões em despesas e R$ 71,2 bilhões em arrecadação adicional.
O governo também apresentou projeções preliminares para os anos seguintes: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. Esses valores ainda poderão ser ajustados nas próximas edições do PLDO, conforme a evolução dos indicadores econômicos.
Crescimento econômico e inflação
O PLDO também traz estimativas para os principais indicadores macroeconômicos. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,5% em 2026, após avanço de 2,31% neste ano. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve recuar para 3,5% no ano que vem, abaixo dos 4,9% previstos para 2025.
A previsão para o INPC, que serve como base para o reajuste do salário mínimo, é de 3,4% em 2026, e de 3% nos três anos seguintes. Já a taxa básica de juros, a Selic, deve fechar o próximo ano em 12,56% ao ano, caindo gradualmente para 10,09% em 2027, 8,27% em 2028 e 7,27% em 2029. Atualmente, a Selic está em 14,25%.
O câmbio médio projetado para 2026 é de R$ 5,97 por dólar, com leve recuo nos anos seguintes. Já o preço médio do barril de petróleo — usado nas estimativas de arrecadação com royalties — foi fixado em US$ 66,74 para o próximo ano.
As metas de inflação seguem definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com centro de 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o IPCA poderá variar entre 1,5% e 4,5% sem descumprir a meta oficial.
(Com Agência Brasil).

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