Chefe do Tesouro escolhido por Biden pode determinar agenda de clima, emprego e igualdade

Nos últimos vinte anos, secretários do Tesouro dos Estados Unidos têm sido confrontados a respeito do resgate financeiro de outras nações, o resgate do sistema bancário dos Estados Unidos e uma guerra comercial.

Independentemente de quem for sua opção, Joe Biden pode ter que lidar com uma agenda de profundidade e amplitude históricas, enfrentando problemas enquanto corre atrás das metas elevadas estabeleceu durante sua campanha. O nome escolhido para o Tesouro de Biden terá que lidar com uma recessão e desemprego, além de servir como ponto de apoio para enfrentamento da desigualdade, de mudanças no clima e outras questões.

Já foram citados nomes até o momento, e todos eles já falaram ou escreveram sobre tais questões e têm grande experiência ou no Tesouro ou no Federal Reserve, em alguns casos em ambos. Cada um sobrepôs limites institucionais durante sua carreira, talvez de forma tão significativa.

Um dele é a ex-chair do Fed, Janet Yellen, que voltou o foco do Fed para os trabalhadores e a desigualdade, e continuou presente em debates políticos no instituto de pesquisa da Brookings Institution depois que o presidente Donald Trump a substituiu como chefe do banco central norte-americano.

Outro é a atual membro da diretoria do Fed, Lael Brainard, que foi subsecretária do Tesouro para assuntos internacionais durante os anos no governo Obama, durante crises financeiras globais e da zona do euro. Se o próximo secretário precisar ter foco em rever iniciativas globais, como esperam alguns ex-funcionários, sua experiência pode ser um trunfo.

Sarah Bloom Raskin atual como membro da diretoria do Fed e secretária adjunta do Tesouro, a única mulher até o momento a ocupar o posto de vice no comando do órgão. Ela trabalhou na área financeira e atualmente é diretora da Vanguard, gigante de investimentos com 6 trilhões de dólares em ativos sob gestão. Raskin é advogada e ex-reguladora financeira estadual em Maryland, e ajudou a escrever um memorando recente para a equipe de Biden sobre como a regulamentação financeira poderia ser aplicada para desenhar a política climática.

Primeiro presidente regional negro do Fed, o presidente Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, foi secretário assistente do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano durante o primeiro mandato de Obama e redigiu um artigo influente sobre por que os EUA precisam lidar com a desigualdade de riqueza e renda racial.