Chile irá votar nova Constituição

Depois de ocorrer eleições extremamente conturbadas, o Chile conseguiu vencer a extrema direita e elegeu Gabriel Boric, com 55,9% dos votos, o presidente mais jovem da história, com apenas 35 anos de idade.

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Nesse sentido, no dia 4 de setembro de 2022, o país irá votar se aprova ou rejeita a nova constituição que começou a ser redigida em 2021. Em vista disso, no dia 16 de março de 2022, o plenário da Convenção Constitucional entregou o rascunho do texto que foi aprovado, contendo cerca de 499 artigos que foram divididos em oito capítulos com cerca de 48 mil palavras.

Por conseguinte, o documento foi enviado para a Comissão de Harmonização, que, mesmo que não consiga alterar nada do conteúdo, irá revisar a redação do documento e irá eliminar possíveis redundâncias.

Desse modo, caso seja aprovado com a atual prorrogação, o Chile poderá possuir a maior Constituição do mundo, superando aquela que foi promovida por Evo Morales na Bolívia, que possui 411 artigos.

Não obstante, depois de longos dez meses de debates intensos, os constituintes conseguiram chegar a conclusão de vários acordos, deixando para trás, também, algumas decisões polêmicas que foram enviadas pelos cidadão, como “a prisão do ex-presidente Sebastián Piñera”, bem como a perda de total autonomia do Banco Central e a proteção da vida desde sua concepção.

Destarte, é válido destacar, também, que a nova constituinte elimina o Senado e inclui direito ao aborto e à morte digna, além do reconhecimento da pluralidade e herança dos povos indígenas que fazem parte de todo o território chileno.

Não obstante, quatro meses depois do plebiscito, 46% votarão contra a nova Constituição, de acordo com as últimas publicações das pesquisas Cadem e Activa Research.

Ou seja, nessas pesquisas, aqueles que aprovam a nova constituição estão entre 38% e 27,1%, enquanto aqueles que estão indecisos somam entre 16% e 27%.