Chocado: o metal mais caro do mundo não é o ouro

Quando pensamos em metais preciosos, automaticamente surgem nomes como ouro, prata e bronze em nossas mentes, afinal, as grandes mídias os popularizaram como sendo itens de extremo valor. Porém, engana-se quem acha que alguma dessas alternativas citadas possui o valor mais caro do mundo.

Esse título pertence a um item desconhecido por grande parte da população. Você consegue adivinhar de quem estamos falando? É claro que é do ródio, que atualmente é muito utilizado na fabricação de catalisadores automotivos.

Para termos uma ideia, a grama do ouro está cotada a 67 dólares nas cifras de hoje. Em contrapartida, o seu concorrente custa em torno de 144 dólares, e sua ocorrência é muito mais rara na crosta terrestre, segundo a Royal Society of Chemistry.

Por que o ródio possui um preço tão elevado?

Não é apenas o fator da raridade que encarece o ródio, seus valores acabam sendo mais onerosos devido ao fato dele contar com maior resistência contra a oxigenação e a corrosão que naturalmente afetam praticamente todas as ligas metálicas existentes no planeta.

É justamente isso que faz com que ele seja um excelente catalisador, e, portanto, alvo de cobiça por indústrias do mundo todo. Já quanto à sua morfologia, esse mineral pertence ao mesmo grupo da platina e a sua fusão acontece em 1964 graus Celsius, podendo suportar temperaturas de até 600 °C.

Além disso, ele também demonstra resistência para a maioria dos ácidos existentes e seu uso é recomendado para veículos, aviões, contatos elétricos, termopares e fios de alta resistência. Porém, também existem aqueles que o aplicam em joias, mas tal prática é escassa.

Conforme os últimos levantamentos oficiais, anualmente são mineiradas 16 toneladas do produto anualmente e as estimativas são de que haja somente 3 mil toneladas ainda para descobrir. Países como Rússia e África do Sul lideram a produção mundial, e o ródio é obtido como um subproduto de outros minérios, não havendo minas só para ele.