Automobilística
CNH dos caminhoneiros pode mudar com novo projeto de lei
Um polêmico Projeto de Lei (PL) deseja instituir uma tolerância maior para as infrações cometidas por motoristas de caminhão nas estradas e vias do país.
Existe um novo projeto envolvendo a classe que está em encaminhamento nas câmaras do Senado. A pauta envolve as carteiras de habilitação e, segundo o PL nº 2720/22, haveria um limite de 120 pontos para que os condutores desta categoria tivessem seu direito de dirigir suspenso.
A proposta é de autoria do senador Guaracy Silveira (PP/TO), porém essa regra só valeria caso o indivíduo não possuísse nenhuma infração de natureza gravíssima com relação ao consumo de álcool no volante, ou qualquer outra substância psicoativa.
Nos limites atuais, é permitido somente que os caminhoneiros tenham até 40 pontos, independente das faltas que cometeram no trânsito. A principal justificativa apresentada por Silveira para defender o seu ponto, é que tudo o que usamos no cotidiano é transportado por caminhoneiros.
“A falta do serviço desses profissionais traz implicações severas em toda economia. Além disso, prejudica a prestação de serviços emergenciais, como a entrega de materiais de saúde e o abastecimento de água e combustível.”
Um grupo bastante vulnerável
O senador ainda alega que, por passarem muito tempo trabalhando nas estradas, os caminhoneiros seriam uma classe mais sujeita a multas. Isso porque a chance de cometer infrações seria muito maior do que nos casos de motoristas comuns.
Portanto, para ele não seria justo manter as mesmas regras e limitações para ambos os casos, sendo que há claras diferenças no perfil desses condutores. Guaracy exemplifica que, pessoas comuns dirigem em torno de 10 a 100 km por dia, enquanto caminhoneiros dirigem muito mais devido ao seu trabalho.
Silveira argumentou:
“Com esse volume viagens, eles estão sujeitos a uma maior probabilidade de serem penalizados, acumulando pontos durante um ano que poderão levar a suspensão de dirigir.”
Porém, a proposta já enfrenta oposição por parte de alguns setores. Segundo a especialista na área, Eliane Pietsak, as justificativas apresentadas pelo político são até compreensíveis, porém não há nenhum embasamento técnico com relação a isso. De acordo com ela:
“Existem outras maneiras de privilegiar certas categorias, sem colocar em risco a segurança. Uma delas é o curso preventivo de reciclagem que pode ser feito por motoristas profissionais antes de atingir o limite de pontos. Dessa forma, eles continuam dirigindo, e os pontos, ao final do curso, são cancelados do prontuário.”
Por fim, Pietsak alega que é preciso cessar o sentimento de impunidade que assola o Brasil. Afinal, isso causa sérios danos para vários setores de nossa sociedade civil. Logo, segundo o entendimento dela, a Proposta de Lei apresentada pelo parlamentar estaria colaborando exatamente para isso.
“Cada caso é um caso. Acredito que é muito perigoso isentar um profissional que tem papel fundamental na segurança do trânsito de forma absoluta por qualquer conduta irregular. Seria uma temeridade. Até porque sabemos que o aumento de infrações acarreta em aumento de sinistros.”

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