Finanças
Com a pandemia, consórcios ressurgem e já têm quase 8 milhões de participantes
O consórcio é uma modalidade na qual o participante paga uma parcela mensal para adquirir um bem ou serviço de determinado valor, tais como automóveis e imóveis.
O setor de consórcios atingiu um recorde durante a pandemia em 2020, com 7,83 milhões de participantes ativos. O volume de negócios nesta modalidade chegou a R$ 163,63 bilhões, o que representa uma alta de 21,5% em comparação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac).
Segundo avaliação do mercado, os brasileiros ficaram mais preocupados com o futuro durante a pandemia. Mesmo com os juros baixos, com a taxa Selic na mínima histórica de 2%, o sistema financeiro estava mais atraente, uma vez que os bancos passaram a oferecer novos produtos voltados para investimentos ou mesmo para a reserva de dinheiro com finalidades específicas.
“O consumidor ficou mais atento a suas finanças na pandemia. Quem não perdeu o emprego analisou o que estava fazendo pelo o seu futuro, e o consórcio é um modelo econômico de acumulação de patrimônio”, destacou o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi.
O consórcio é uma modalidade na qual o participante paga uma parcela mensal para adquirir um bem ou serviço de determinado valor, sendo uma boa opção para as classes mais baixas, uma vez que outras linhas de crédito podem acabar saindo caro. Não há cobrança de juros no consórcio, mas podem haver outras tarifas incluídas na operação, tais como fundo de reserva e seguro.
“O produto ainda é visto para acumulação de capital. Muitos brasileiros que tinham recursos para investir ficaram sem produtos rentáveis de fácil entendimento. Ao mesmo tempo, houve uma modernização na apresentação do produto, com mais empresas oferecendo, o que impulsionou o setor”, explicou Heverton Peixoto, presidente da Wiz Soluções, gestora de canais de distribuição de produtos financeiros e seguros.
A maior parte dos consórcios realizados em 2020 foi destinado à compra de veículos leves, totalizando 3,84 milhões de participantes, seguido de motocicletas, com 2,24 milhões, e carta de crédito para aquisição de imóvel, com 1,04 milhão de pessoas. Contudo, os segmentos que registraram maior crescimento foram o de eletroeletrônicos e bens duráveis, com alta de 80,9%, e de serviços, com 51,3%.
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