Com embargo chinês, como fica o preço da carne bovina na primeira semana de novembro?

As exportações de carne bovina despencaram no mês de outubro após suspensão das vendas ao mercado chinês. Segundo dados iniciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou no mês passado 82,2 mil toneladas de carne bovina (entre fresca, refrigerada e congelada). O quantitativo é 49,5% menor em comparação ao mês de outubro de 2020.

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O embargo da China, que teve início no dia 4 de setembro, completa pontualmente dois meses. O motivo para as paralisações das exportações de carne bovina está relacionado com a confirmação de dois casos atípicos da doença da “vaca louca” nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais.

Preço da carne em novembro

Em razão da suspensão, criou-se uma expectativa de redução no valor da carne dentro país. Mas houve de fato uma queda nos preços? A resposta é não! A carne está inclusive mais cara hoje no Brasil antes mesmo do início do embargo. Isso vale tanto para quem compra no atacado como no varejo.

Uma média de preços feita pela Scot Consultoria aponta que os cortes dianteiros e traseiros subiram 5,3% no atacado em São Paulo, cujo quilo é encontrado na faixa de R$ 33,05. Já no varejo, a subida foi de 2,7%, com o quilo chegando a R$ 44,04.

Segundo prévia da inflação (IPCA-15) do mês de outubro, apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne havia recuado 0,31% ao mês, sua primeira queda desde maio de 2020. No entanto, após chegada do período de pagamentos de salários, os preços voltam a subir no começo deste mês, como forma de reagir à demanda.

As cotações se mantêm em queda desde o começo da cadeia, o que tem atingido os pecuaristas rigorosamente. Segundo dados da Scot, o valor do boi gordo acumula um recuo de 15,5% desde a suspensão das exportações de carne bovina para a China, cujo preço da arroba é de R$ 258.