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Economia

Combustível consome 53% do faturamento de motoristas de aplicativo

Aumento expressivo nos preços dos combustíveis tem levado cada vez mais motoristas a desistirem da profissão.

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A alta nos preços dos combustíveis já faz com que motoristas de aplicativos como Uber e 99 gastem cerca de 53% do seu faturamento para encher o tanque. O gasto com combustíveis representava aproximadamente 20% dos ganhos desses trabalhadores em 2017.

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Com mais da metade do lucro desaparecendo, um quarto dos motoristas que atuam em São Paulo já deixaram a profissão desde o início da pandemia, afirmou o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Eduardo Lima de Souza.

Para evitar a debandada dos trabalhadores, as empresas de transporte aumentaram o valor dos repasses de 10% a 25% na 99, e de 10% a 35% na Uber. O reajuste varia de acordo com a demanda, o local e o horário da corrida.

“O aumentou foi insatisfatório. Alguns motoristas nem sentiram a diferença. A categoria continua na mesma”, afirmou Souza.

De janeiro a setembro, o preço dos combustíveis disparou 32%, com a gasolina sendo vendida a uma média de R$ 6,09 o litro. No início do ano, o derivado de petróleo era encontrado ao preço médio de R$ 4,57, segundo dados da ANP (Associação Nacional de Petróleo).

1,4 milhões de motoristas de app

O Brasil tem hoje 1,4 milhão de pessoas trabalhando em transporte de passageiros ou mercadorias por aplicativo, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2016, o total era de 840 mil.

Atualmente, o grupo representa 31% do total de 4,4 milhões de trabalhadores que atuam com transporte e armazenagem no país.

“Por conta da pandemia de Covid-19, houve redução ao longo de 2020, mas o número logo se estabilizou nos dois primeiros trimestres de 2021 em 1,1 milhão de pessoas ocupadas em transporte de passageiros no regime de conta própria, valor 37% superior ao do início da série, em 2016”, explicou o Ipea.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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