Economia
Como fica o preço da gasolina em janeiro com a nova decisão de Lula?
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina medida provisória que prorroga a desoneração de tributos federais sobre os combustíveis.
No último domingo, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a isenção de tributos federais que incidem sobre os combustíveis. A medida fará com que o valor da gasolina sofra alterações leves em janeiro, embora bem menores que o esperado caso não tivesse sido tomada.
Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o documento mantém o PIS e a Cofins sobre diesel zerados até o fim do ano. Já os tributos para a gasolina, etanol, querosene de aviação e gás natural veicular (GNV) seguem suspensos até 28 de fevereiro.
Nas últimas semanas, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu a Jair Bolsonaro que não assinasse a prorrogação da desoneração de combustíveis. A solicitação foi feita a pedido de Lula, que queria evitar que o ex-presidente tomasse decisões em sua última semana no poder.
Logo no primeiro dia de governo, o petista decretou a continuidade da isenção. O objetivo, segundo especialistas, é evitar a alta da inflação logo no início do mandato, o que poderia prejudicar a popularidade do novo presidente.
Aumento esperado
Ainda de acordo com economistas, mesmo com a medida, os combustíveis tendem a sofrer aumento em janeiro devido à alíquota do ICMS limitada pelo governo Bolsonaro, que tentou controlar os preços antes das eleições. Sendo assim, o retorno do tributo estadual deve provocar um acréscimo nos preços ainda neste mês.
Outro fator a ser observado é que o valor cobrado do consumidor final depende também de outros fatores, como cotação do dólar e a cotação do petróleo no exterior. Isso se deve ao fato da Petrobras adotar uma política de paridade internacional, ou seja, seus preços estão atrelados à moeda norte-americana e ao custo do barril.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), principal nome cotado para a presidência da estatal, já avalia uma mudança na política de preços, além da possível criação de uma espécie de “fundo de estabilização”. Em declaração recente, ele afirmou que “não há nenhuma razão para aumento dos combustíveis”.
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