Economia
Como o IPCA, INPC avança de janeiro para fevereiro deste ano
Indicador do consumidor cresce de 0,46% para 0,77%, acumulando saldo de 5,47% em 12 meses
Na mesma batida ascendente do IPCA (índice oficial de inflação), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,77% em fevereiro, após crescer 0,46% no mês anterior, acumulando alta de 1,23% e de 5,47% nos últimos 12 meses, o que constitui um recuo, ante o saldo anterior, de 5,71%, verificado em janeiro. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A redução do saldo em 12 meses, aponta o instituto, seria reflexo do recuo, de 0,52%, em janeiro, para 0,04%, no mês passado, dos produtos alimentícios, ao passo que produtos não alimentícios exibiram alta de 1,01% em fevereiro, após terem subido 0,44% em janeiro.
Por regiões, a menor variação positiva coube a Brasília, com alta de 0,34%, em decorrência das quedas de preço da gasolina (-2,43%) e das passagens aéreas (-10,06%). Em contraponto, a maior variação foi de Curitiba, que subiu 1,02%, sob o impacto dos reajustes de 6,22% na energia elétrica residencial e de 3,37% da gasolina.
Em nota, o IBGE acentua que “para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (base).
Em seu cálculo, o INPC considera famílias com renda de um a cinco salários mínimos, nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju, além do Distrito Federal. São consideradas unidades de coleta do indicador, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e Internet.
Mediante pesquisas realizadas, em geral, do dia 1º a 30 do mês de referência, o INPC é utilizado como índice de referência para medir reajustes salariais. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 75% dos reajustes de janeiro último ficaram acima da inflação medida pelo indicador, ou seja, tiveram aumento real, enquanto os aumentos iguais ao INPC corresponderam a 16,5% do total, e os reajustes abaixo do índice foram 8,2%.
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