Bancos
Compartilhamento de dados e redução de juros: Banco Central lança primeira fase do open banking nesta segunda
Novo sistema deve proporcionar maior oferta de produtos e serviços, aumento da concorrência e inclusão de mais brasileiros no sistema bancário.
O Banco Central (BC) inicia nesta segunda-feira, 1º, a primeira fase do open banking, um sistema de compartilhamento de dados bancários que tem como objetivo melhorar a oferta de serviços financeiros. Ao todo, a implementação do novo sistema será realizada em quatro fases.
De acordo com o BC, o open banking dará aos clientes mais poder sobre seus dados financeiros, permitindo que eles escolham quando e com quais bancos estas informações poderão ser compartilhadas.
Assim, o sistema vai incentivar a competitividade entre as instituições financeiras, uma vez que o cliente poderá migrar para o banco de sua preferência. Desta forma, a medida proporciona mais transparência e qualidade e custos mais acessíveis nos serviços e operações de crédito, além de ampliar a oferta de produtos e serviços.
A princípio, a primeira fase do open banking estava prevista para o fim de novembro. Contudo, a pedido das próprias instituições financeiras, a estreia do novo sistema foi adiada para fevereiro. Os bancos justificaram que a pandemia comprometeu os serviços tecnológicos, uma vez que houve um aumento nas transações eletrônicas como transferências, Pix, pagamentos de contas e compras online, entre outras.
Outras fases também tiveram suas datas de lançamento alteradas. A segunda fase, inicialmente prevista para 31 de maio, passou para 15 de julho, enquanto a terceira fase foi mantida, e ocorre em 30 de agosto. Já a quarta fase do programa passou de 25 de outubro para 15 de dezembro.
É nesta última fase do programa que os bancos estarão aptos a trocar informações para oferecer produtos financeiros personalizados de acordo com o perfil de cada cliente. Para o consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Mardilson Fernandes Queiroz, o open banking vai mudar a lógica de funcionamento do sistema financeiro.
Queiroz avalia que a implementação do sistema proporcionará três vantagens para o mercado financeiro, a saber: maior oferta de produtos e serviços com juros mais adequados ao perfil do cliente, aumento da concorrência e inclusão de mais brasileiros no sistema bancário.
O consultor acrescentou que, enquanto outros países levaram até cinco anos para adotar o open banking, como o Reino Unido, por exemplo, no Brasil todas as etapas da implementação do sistema serão concluída em 2021. Segundo ele, existe ainda a possibilidade de incluir outros produtos e serviços nos próximos anos, assim como já ocorre com o Pix e o Internet Banking.
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