Conecte-se conosco

Empresas

Comperj ganha unidade de processamento de gás natural

Empreendimento foi renomeado para Complexo de Energias Boaventura.

Publicado

em

Dezesseis anos após o início das obras, o antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), agora chamado de Complexo de Energias Boaventura, inaugurou sua primeira unidade dia 13 em Itaboraí, no Rio de Janeiro. A unidade de processamento de gás natural (UPGN) é a maior do país, com capacidade para processar 21 milhões de metros cúbicos por dia.

Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a paralisação do projeto: “Isso era para ser a grande indústria petroquímica brasileira. Meu sonho foi jogado no lixo quando pararam isso aqui, assim como a refinaria Abreu e Lima e outras refinarias no Ceará e Maranhão”. O ministro Alexandre Silveira também criticou a interrupção das obras em 2015, que impediu a geração de receitas de R$ 7 bilhões desde 2018, quando a conclusão estava prevista.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou o início das operações da UPGN na última segunda-feira (9). Nos próximos dias, serão realizados testes e ajustes de equipamentos, com a operação comercial prevista para o início do próximo mês. A UPGN processará gás natural vindo diretamente do pré-sal da Bacia de Santos, através do gasoduto Rota 3.

Comperj

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o gás natural processado pela UPGN é fundamental para reduzir a dependência energética do Brasil e garantir segurança energética e alimentar.

O Comperj foi anunciado em 2006, durante o primeiro mandato de Lula, e as obras começaram em 2008. Inicialmente, o complexo deveria refinar 165 mil barris de petróleo por dia e começar a operar em 2012. No entanto, a crise econômica e as denúncias de corrupção na Petrobras resultaram na paralisação total das obras em 2015. As obras da UPGN foram retomadas em 2018, com um novo foco no processamento de gás natural.

O gerente da UPGN, Leandro Veiga, destacou a importância da inauguração: “Depois de 16 anos, temos a realização da primeira unidade, que deve ampliar em torno de 20% a oferta de gás no país”. Além da UPGN, o Complexo de Energias Boaventura abrigará uma unidade de refino de lubrificantes, com capacidade de produzir 12 mil barris por dia; uma unidade de querosene de aviação QAV-1 (20 mil barris/dia); e outra de diesel S-10 (75 mil barris/dia). O complexo também contará com duas usinas termelétricas a gás, com capacidades de 1.200 e 600 megawatts, que operarão em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

Publicidade

MAIS ACESSADAS