Compra da Holcim torna CSN (CSNA3) terceira cimenteira do país

Com a conclusão da compra de 100% da Holcim (negócio avaliado em US$ 1,025 bi) pela CSN (CSNA3), pioneira da industrialização nacional deve assumir, em seu lugar, a terceira posição entre as maiores produtoras de cimento do país, só atrás da mega Votorantim e Intercement.

Capacidade ampliada – O lugar de destaque, conquistado pela siderúrgica fluminense, todavia, corresponde a não mais do que 10% do mercado, apontam analistas. Com a transação, a CSN Cimentos, braço do grupo no segmento, terá acrescentados 10,3 milhões de toneladas de cimento à sua capacidade produtiva, hoje de 6 milhões de toneladas.

IPO marcada – Depois de suspender o processo de oferta inicial de ações (IPO), em meados de julho – ante condições adversas do mercado à época, marcada pelos pedidos de desconto da ação pelos investidores – os acionistas da CSN Cimentos voltaram à carga, marcando a abertura de capital da empresa na B3 para meados de outubro próximo, encerrando a operação, no final do ano. A intenção da companhia, com a iniciativa, é levantar de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, conforme seu plano de expansão.

Outro patamar – Para o diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores (RI), Marcelo Cunha Ribeiro, com a aquisição de ativos (como Cimento Elizabeth e Holcim), a companhia, “além de colocar a companhia num novo patamar de produção, igualmente contribui para acrescentar sinergias comerciais, logísticas, além de um grande posicionamento de mercado”, ressaltando que, dessa forma, o “IPO ficou ainda mais provável”.

Pediu bis – A aquisição é a segunda em menos de quatro meses. No final de julho, a CSN alimentos já havia comprado, pela bagatela de outro US$ 1 bilhão, a cimenteira Elizabeth, do fundo Farallon.