Agronegócio
Conab: safra 2022/2023 deve superar em 14% a anterior
Companhia Nacional de Abastecimento calcula acréscimo de 38,2 milhões de toneladas em relação à edição 2021/2022
Ao atingir 310,6 milhões de toneladas, a produção de grãos do país no biênio 2022/2023 deve superar em 14% a edição anterior (2021/2022), o que representa um acréscimo de 38,2 milhões de toneladas, informou, nesta quarta-feira (8), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Pelo quinto levantamento da safra, a companhia revelou, em nota, que “o início da colheita de milho e soja no Rio Grande do Sul confirma as previsões de queda de produtividade acentuada devido às baixas precipitações ocorridas durante o ciclo da cultura no Estado”.
“Por outro lado, prossegue o documento, o desempenho das lavouras no Centro-Oeste foi beneficiado pelo clima favorável”, com destaque para “Mato Grosso, onde a produtividade da soja tem superado as previsões iniciais”.
Ainda sobre a soja, a estatal estima que a colheita da leguminosa deverá atingir 152,9 milhões de toneladas, o que equivale a um avanço de 21,8% sobre a temporada anterior e 0,1% superior ao estimado em janeiro último. Para a edição atual, a Conab revelou que 8,9% da área cultivada já está colhida, bem abaixo dos 16,8% apresentados em igual período do ano passado.
Sobre tal performance, a superintendente de Informações da Agropecuária da estatal, Candice Romero Santos comenta que “Mato Grosso lidera o avanço, com 25,6% de sua área colhida. No entanto, as chuvas volumosas registradas causaram atrasos nos trabalhos de colheita se comparados com a última safra, que na mesma época contava índice de 42,1%. Além do intenso volume das precipitações em importantes áreas produtoras, há registro de alongamento do ciclo da cultura em virtude de ondas de frio”.
Já com relação ao milho verão, a expectativa da Conab é que seja alcançada uma produção de 26,5 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 5,7% em relação ao ano passado. “Os ganhos só não são maiores em virtude dos problemas climáticos do Rio Grande do Sul”, avalia a estatal, que conta com aumento, tanto de área, quanto de produtividade, em relação à segunda safra do cereal (safrinha), redundando em uma safra de 95 milhões de toneladas ou avanço de 10,6%.
No que se refere ao feijão (1ª safra), a redução de área cultivada foi compensada pela produtividade da cultura, com produção estimada de 994,2 mil toneladas para os três tipos da leguminosa, enquanto há notícias de que o plantio da 2ª safra do grão já teve início nos estados produtores de Santa Catarina e Paraná, mediante a expectativa de que a semeadura da 3ª safra deverá começar no final de abril. Neste caso, a projeção da Conab é que a safra do feijão deverá se manter estável em 3 milhões de toneladas, em relação à edição anterior.
Enquanto que, para o arroz, a estimativa é de sejam colhidas 10,2 milhões de toneladas, em relação ao algodão, a expectativa é de uma produção de 3 milhões de toneladas de pluma, o que representa um volume 19,2% superior à temporada anterior. Já o trigo, a colheita atualizada aponta para 10,6 milhões de toneladas, ou elevação de 37,4% em relação à safra de 2021.
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