Economia
Confiança industrial cai em 17 de 29 setores consultados pela CNI
Maior queda foi verificada no setor de produtos farmoquímicos, que passou de 60,4 pontos a 51,9 pontos
Uma confiança industrial apenas parcial. Esse é o principal resultado colhido pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – Resultados Setoriais, em que empresários de grande porte (1.991 empresas, entre 1º e 9 de março) de 17 dos 29 setores consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestaram confiança na economia, ao contrário dos 12 restantes, que não estão otimistas.
Quanto ao desempenho dos setores, o ICEI de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos apresentou queda expressiva, de 60,4 pontos para 51,9 pontos, da pesquisa anterior para a atual, enquanto o índice de sabões, detergentes, produtos de limpeza e cosméticos, recuou de 57,1 pontos para 54 pontos. O maior crescimento do indicador foi verificado no setor de bebidas, ainda que ligeiro, de 51 pontos para 52,9 pontos. Por metodologia, o ICEI tem variação de 0 a 100, com uma linha de corte de 50 pontos. Abaixo desta, indica desconfiança, e acima, confiança.
Ao comentar tal cenário marcado pela instabilidade, o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, comenta que “a incerteza segue elevada, o que impede que o empresário se sinta seguro o suficiente para um aumento consistente da confiança. Em um cenário assim, é natural que os empresários mostrem avaliações difusas sobre as condições atuais e suas expectativas, resultando nessa evolução da confiança diferenciada entre os setores”,
O estudo mostrou, ainda, quedas do ICEI no setor de biocombustíveis, que baixou de 49,5 pontos para 46,9 pontos; de móveis, reduzido de 47 para 43,7 pontos, sem contar produtos de borracha, com redução de 49,5 pontos para 42,1 pontos. De igual modo, o setor de alimentos, ao migrar da posição de confiança para a falta desta, recuou de 51,5 pontos para 49,6 pontos, bem como o de produtos de metal, com que de 51,1 pontos para 49,5 pontos.
Entre portes, a queda de confiança foi mais expressiva entre as pequenas empresas, em que o ICEI teve retração de 1,1 ponto, passando a 48,5 pontos, o que configura maior distanciamento da linha divisória de 50 pontos.
A confiança recuou nas indústrias de todos os portes em março. A queda foi maior nas pequenas empresas, para as quais o ICEI caiu 1,1 ponto, para 48,5 pontos. Com a queda, o índice se afastou da linha divisória de 50 pontos, o que mostra falta de confiança do empresário. Enquanto nas médias empresas, o ICEI continuou muito próximo da linha divisória, com 49,4 pontos, nas grandes, o índice chegou a 51,7 pontos.
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