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Confiança renovada no incentivo ao setor imobiliário chinês garante segunda alta do minério de ferro
Enquanto que na bolsa de Dalian, commodity subiu 2,6%, na bolsa de Cingapura, esta valorizou 3,1%
A reiterada confiança do mercado na adoção, em breve, de estímulos ao setor imobiliário chinês pelo governo de Pequim foi suficiente para levar os contratos futuros do minério de ferro à sua segunda alta consecutiva, nesta quarta-feira (12), a despeito da previsão de analistas de que os preços da commodity tendem a cair, no curto prazo.
Como reflexo desses fatores, o insumo siderúrgico mais negociado, para setembro próximo, na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China) apresentou valorização de 2,6% a US$ 114,69 ou 825 iuanes por tonelada, ao passo que o similar de referência para agosto avançou 3,1% a US$ 109 a tonelada.
Para a melhoria das cotações, um impulso substancial foi a divulgação de informações pela mídia chinesa, de que as autoridades do país planejam tomar medidas de apoio ao setor imobiliário, após sinalizarem a execução de um plano de alívio de empréstimos para desenvolvedores.
Outra iniciativa do Executivo mandarim foi a extensão, até o final de 2024, de algumas medidas de um pacote de resgate de apoio ao setor imobiliário, apesar de as vendas de casas novas nas principais cidades da China terem se reduzido, com exceção da metrópole Xangai, maior centro financeiro do gigante asiático.
Para o analista do Commonwealth Bank of Australia, Vivek Dhar, “as medidas ainda estão aquém do necessário para recuperar o setor imobiliário, pois acreditamos que os preços do minério de ferro continuarão caindo, a menos que medidas de apoio mais concretas sejam anunciadas”, ao acrescentar que “qualquer impacto provavelmente será visto apenas no próximo ano”.
Enquanto o mercado aguarda, para essa quinta-feira (13), a divulgação de dados comerciais referentes ao mês passado (que inclui importações de minério de ferro e exportações de aço), a previsão é de que o consumo aparente de aço bruto na China caia 27,8 milhões de toneladas (-5,7%) no segundo semestre de 2023, em relação a igual período do ano passado, projetou a consultoria Mysteel.
