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Conheça o jovem que perdeu tudo após se envolver em apostas na internet

O vício em jogos pode destruir vidas e famílias inteiras. Conheça a história desse jovem vítima desse problema.

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O vício pode se manifestar em diversas áreas. Muitos têm problemas com álcool, outros com drogas, alguns com pornografia e outros com jogos, que é justamente o caso que trouxemos aqui.

O jovem em questão morava com os pais, ajudava com as contas em casa e mal saía para festas. Levava uma rotina normal, como muitos jovens. Ele gostava de jogar na internet e estudava programação.

Porém, algumas coisas começaram a ficar estranhas. Ele começou a pedir dinheiro emprestado, mexeu no plano de previdência privada que havia contratado, começou a atrasar os pagamentos das contas pelas quais era responsável, até que os objetos de dentro de casa começaram a sumir.

Primeiro foi um computador, depois, sua cadeira gamer, depois, dois notebooks, e até um dinheiro que a mãe guardava desapareceu.

Foi então que a mãe percebeu que seu filho era um viciado, pois ouvia relatos de jovens que vendiam tudo por causa de drogas, que desperdiçavam uma vida de sucesso após se meterem com más influências.

Contudo, o vício dele não era em drogas, era mais silencioso, discreto. Ele sequer precisava sair de casa para praticá-lo. Em seu quarto, ele passava o tempo apostando. Eram noites viradas em frente a uma tela azul, onde já havia ganhado muito, mas, no fim, acabou perdendo tudo.

Quando já estava devendo para todos os bancos e já não havia mais nada para vender dentro de casa, ele recorreu a um agiota. Após diversas cobranças sem sucesso, quem teve o desprazer de ter que tratar com o homem foi a mãe do jovem.

Nessa altura, ela não tinha mais dinheiro para pagar ao homem, que prometeu não sair da frente de sua casa se não fosse pago. Ela já estava com uma dívida de mais de R$ 100 mil.

Era difícil acreditar que o garoto responsável, que tomava conta das planilhas de gastos da casa, que havia recebido educação financeira, sabia investir e até mesmo estagiou em um banco, estava naquele estado.

Quando a pandemia chegou, ele não teve sua vaga de estágio efetivada, e precisava fazer dinheiro. Ele tinha um dinheiro guardado, R$ 5 mil, e descobriu que poderia ter rendimentos de até 50% em apostas de futebol, então resolveu tentar.

Ele pagou R$ 300 para entrar em um grupo de apostas no Telegram, e o restante que tinha guardado, subiu para o site. Nas primeiras apostas, ele ganhou um dinheirinho, mas nada muito considerável.

Mesmo durante a pandemia, quando não havia jogos de futebol, era possível apostar em jogos de videogame ou qualquer outro esporte que estivesse passando ao redor do mundo.

Certo dia ele apostou R$ 500 em um jogo entre Flamengo e Bragantino, dizendo que o próximo gol seria do Bragantino. Se o próximo gol fosse do Flamengo ou se não houvesse nenhum gol no jogo, ele perderia tudo, mas se fosse um gol do Bragantino, ganharia R$ 2 mil.

Sua intuição estava certa, e o Bragantino fez um gol. Imediatamente ele viu seu saldo multiplicar na tela. Daí pra frente, ele passou a apostar mais e mais, pois viu que era fácil e só precisava confiar em sua intuição.

Mas nas próximas apostas ele não se saiu tão bem. Acabou ficando frustrado ao perder R$ 100, após acertar uma sequência de 19 jogos. Ele precisava acertar 20.

Foi então que partiu para as apostas de videogame, onde a imprevisibilidade era ainda maior, e o pagamento também. Como as partidas eram mais rápidas, ele começou a ganhar dinheiro mais rápido. Certa vez, chegou a ganhar R$ 7 mil em duas horas de apostas. Porém, logo em seguida, perdeu R$ 10 mil em apenas uma hora.

Era a hora de parar, mas ele não se contentava. Quando seu dinheiro não foi mais o suficiente, ele começou a utilizar o cartão de crédito dele, depois, o cartão da mãe, chegou a fazer empréstimos e parou de pagar suas contas.

Depois aconteceu tudo aquilo que dissemos no início da matéria. Ele passou a vender as coisas de casa e a pedir dinheiro emprestado a todos a sua volta, até mesmo para agiotas.

Quando confrontado pela mãe, ele admitiu que estava viciado e que precisava de ajuda. Mas, antes disso, ele precisava pagar suas dívidas. Ele convenceu a mãe a abrir uma conta em um banco e a pedir um empréstimo de R$ 25 mil. Ela ficou desconfiada, mas aceitou. Deu o valor ao filho para quitar tudo que devia.

O jovem, porém, não pagou suas dívidas, ele transferiu tudo para um site de apostas.

Quando o pai ficou sabendo do vício, ficou muito furioso. Os dois discutiram, chegaram até mesmo a se agredir, e no fim ele acabou internado em uma clínica de dependentes. Ele teve de ser contido para ser levado até a clínica e implorou para não ir.

Na clínica ele ficou por 30 dias internado. No início, não via sentido naquilo, mas depois foi aceitando, e quando os pais o buscaram, já estava lidando melhor com a situação. As salas de reunião dos Jogadores Anônimos têm ficado cheias após a liberação dos sites de apostas esportivas, por isso se tem discutido muito se essa liberação é uma boa ideia.

O jovem, depois da internação, teve seu emprego de volta e está conseguindo pagar a dívida de mais de R$ 100 mil. Os pais monitoram a sua vida financeira e bloqueiam coisas relacionadas a apostas. Ele diz que nunca mais irá apostar. “Percebi que se eu não parasse com isso, minha mãe não ia aguentar. Ela ia morrer”, disse ele em reunião. Triste, não? Se você tem o hábito de apostar, reflita sobre seu comportamento.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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