Conheça o primeiro carro elétrico que nasceu no final do século 19

A marca Porsche nasceu a partir de uma oficina mecânica de Anton Porshe. Seu filho, Ferdinand Porsche, não tinha muito interesse por engrenagens, como o pai, mas se deslumbrava com a eletricidade. O ano era 1889, e a energia elétrica estava surgindo.

Ele era um jovem estudioso, trabalhador e, principalmente, curioso. Criava patins de gelo com baterias e lâmpadas e, logo em seguida, passou a estudar em uma escola industrial federal “K.u,K Staatsgewerbeschule”. Em 1893, a casa da família Porshe era a segunda da região a ter luz elétrica.

Logo que concluiu os estudos, o jovem foi para Viena para trabalhar em uma empresa de engenharia elétrica chamada Béla Egger Co, e em 1897 se tornou líder do departamento de testes. Na época, ele tinha apenas 22 anos de idade.

Foi então que um dia Ferdinand conheceu um dono de fábrica de carruagens, o Ludwing Lohner, que já estava prevendo que esse tipo de veículo teria fim, e por tentar uma evolução nesse setor, contratou o jovem.

Em 1898, o primeiro veículo de Ferdinand é criado, o Egger-Lohner C.2, também conhecido como P1. Tratava-se de um carro elétrico, com 5 cv, que podia chegar a 35 km/h e tinha 50 km de autonomia. Na época em que foi criado o veículo foi revolucionário, ainda mais que tinha uma eficiência de 83%.

Depois o engenheiro criou um veículo com um motor elétrico em cada roda, com isso, foi o destaque de uma exposição em Paris em 1900, onde haviam mais de 75 mil expositores.

Ferdnand saiu da Lohner em 1906 e foi trabalhar como projetista chefe na Austro-Daimler. Lá, ele ficou até 1923, quando foi trabalhar como diretor técnico na Daimler Motoren Gesellschaft. A fábrica ficava na Alemanha, que na época era considerada o maior centro automotivo.

Ele saiu da empresa em 1929, e em 1931 Ferdinand criou a De. Ing. h.c. F. PorscheGmbH, Konstruktion und Beratung für Motoren-und Fahrzeugbau. O objetivo da empresa era produzir encomenda para outras empresas e nela, trabalhava seu filho Ferry Porsche, com mais 19 funcionários.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, Ferdinand acabou preso, devido a criação de um Volkswagen (Carro do Povo) para o partido nazista. Enquanto ele estava preso, seus filhos criaram um modelo próprio, chamado 356, que foi refinado depois que Ferdinand saiu da cadeia, em 1948.

Este modelo era inspirado no Carro do Povo, mas tinha uma proposta mais esportiva. Ele foi lançado em 1949 e foi um grande sucesso no Salão de Genebra, na Suíça.

O engenheiro faleceu em 1951, mas durante sua história criou uma verdadeira lenda no universo automotivo, pelo qual é conhecido até hoje.