Mercado de Trabalho
Conselheiros de empresas no Brasil: quanto ganham e quais são as habilidades necessárias?
Com uma remuneração variável e um papel influente na governança corporativa, esses profissionais são peças-chave no sucesso e na estratégia das organizações.
No cenário corporativo brasileiro, ser membro de um conselho de administração é considerado um marco na carreira de executivos de alto escalão.
Essa posição não é apenas um símbolo de prestígio e reconhecimento profissional, mas também um papel influente que exige experiência significativa e uma rede de contatos bem estabelecida. O caminho para se tornar um conselheiro é complexo e envolve tanto uma trajetória consolidada quanto um forte networking.
O processo de chegar ao conselho
De acordo com um estudo realizado pela Page Executive, em colaboração com a IGCLA e com o apoio da IFC do Banco Mundial, a entrada nos conselhos de administração na América Latina geralmente acontece por meio de conexões pessoais.
Dos 900 conselheiros entrevistados na região, 411 estavam no Brasil, e a maioria chegou a esses cargos por meio de relações com acionistas ou por indicações.
Thiago Gaudencio, da Page Executive Brasil, destaca a importância de processos formais de seleção para esses cargos, preferencialmente conduzidos por consultorias especializadas. Contudo, ele observa que na América Latina, e especialmente no Brasil, a utilização de consultorias para o recrutamento de conselheiros ainda é baixa.
“Elas evitam o recrutamento por afinidade e indicação, o que pode resultar em um conselho menos diversificado e, portanto, menos funcional”, afirma Gaudêncio.
Remuneração dos membros do conselho
A pesquisa também se concentrou na remuneração desses profissionais. No Brasil, os conselheiros têm uma faixa salarial que varia entre US$ 2 mil e US$ 6,1 mil por sessão ou mensalmente.
Essa remuneração pode incluir não apenas taxas mensais, mas também rendas anuais, bônus ou stock options. Interessante é que, quando CEOs estão envolvidos no conselho, muitas vezes não há remuneração adicional ao seu salário executivo.
Surpreendentemente, 32% dos cargos de conselho na América Latina não são remunerados, uma tendência mais comum em empresas menores e de capital fechado. Em 41% das empresas, predomina o pagamento de uma quantia fixa mensal, independentemente do número de reuniões.
Habilidades e conhecimentos necessários
Financeiro é o conhecimento mais valorizado, seguido de perto por questões de ESG, de acordo com 65,2% dos entrevistados.
As agendas continuam a se concentrar no lucro, na sustentabilidade e na avaliação de riscos da empresa, mas a ordem de relevância dos tópicos de discussão mudou, com prioridade para questões de ESG, DE&I, cibersegurança e gestão de talentos”, explica Ainara Ormazábal da Page Executive.

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