Agronegócio
Consumo de defensivos agrícolas pode chegar a 536 mil toneladas em 2021
De acordo com o relatório da Abiquim, agroquímicos devem faturar US$ 13,3 bilhões este ano
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), apresentou, durante o 26º Encontro Anual da Indústria Química, o relatório com a projeção do faturamento líquido do mercado de agroquímicos no Brasil, que deve ser de US$ 13,3 bilhões em 2021, de acordo com o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal).
O consumo de defensivos agrícolas está estimado em 536 mil toneladas “efetivamente aplicadas” nas lavouras, de acordo com o Sindiveg. O Sindicato reúne as principais empresas de agroquímicos do Brasil.
Caso a projeção seja confirmada, uma queda de 10,1% será registrada em relação ao ano anterior. Além disso, o faturamento líquido das empresas de pesticidas representaria um aumento de 7,3% sobre 2020.
De acordo com o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, o faturamento cresceu, mas os custos também. “Com um balanço bom, fica apenas a preocupação com a falta de competitividade claramente expressa pela crescente participação da importação no portfólio de atendimento das necessidades brasileiras. As estimativas já apontam um déficit recorde no setor, o que representa cerca de US$ 45 bilhões”, afirmou.
Além disso, o Sindiveg informa que em relação ao ano anterior, a área tratada com pesticidas cresceu 8,7% no terceiro trimestre de 2021. Cerca de 209,3 milhões de hectares foram tratados, registrando alta de 16,8 milhões de hectares.
Segundo Julio Borges, presidente do Sindiveg, há expectativa de reajustes nas commodities. “Esse resultado decorre de uma série de fatores, com destaque para o início do plantio de verão e o esperado aumento da safra 2021/2022”, disse.
Este ano, foram importados US$ 6,2 bilhões em produtos, uma queda de 10,1% em relação às compras em 2020. O produto com maior área tratada no período foi a soja, com 32% do total, seguida por pastagem, com 20%, trigo com 12%, milho com 10% e cana com 7%.
Já os defensivos aplicados atingiram 154,6 mil toneladas em volume no 3º trimestre, registrando aumento de 6,6% comparado ao mesmo período do ano anterior.
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