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Economia

Copom sinaliza novas altas na Selic e reforça política monetária mais rígida

Mais dois aumentos consecutivos.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou a possibilidade de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em mais dois aumentos consecutivos de 1 ponto percentual, refletindo a necessidade de uma postura mais contracionista diante do cenário inflacionário adverso. Após o recente ajuste, a taxa foi elevada para 12,25% ao ano.

Conforme a ata divulgada dia 17, fatores como o impacto do pacote fiscal do governo, o aumento do dólar, que ultrapassou os R$ 6 pela primeira vez, e o avanço das expectativas de inflação foram determinantes para a decisão. O documento reforça que a deterioração do cenário econômico requer ajustes adicionais para alcançar a meta inflacionária de 3% em 2024, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

Além disso, o Copom destacou o aumento nos preços de alimentos, impulsionado pela estiagem e pela elevação do preço das carnes, e a pressão nos bens industrializados devido à desvalorização cambial. Esses fatores indicam uma propagação inflacionária de médio prazo, exigindo uma política monetária mais restritiva.

Pleno emprego e dinâmica econômica

O Banco Central (BC) apontou a resiliência da atividade econômica e o pleno emprego como desafios para a convergência da inflação à meta. Apesar das altas taxas de juros, o crescimento dos mercados de crédito e capitais superou expectativas, ressaltando a necessidade de cautela adicional na concessão de crédito.

Cenário externo e desafios internos

No plano internacional, o Copom avaliou o ambiente desafiador, com incertezas sobre o ritmo de desaceleração econômica nos Estados Unidos e possíveis mudanças na condução da política fiscal e comercial americana. Internamente, reforçou a importância de uma política fiscal e monetária contracíclica e alertou para o impacto de um eventual relaxamento fiscal sobre a taxa de juros neutra da economia, o que poderia dificultar o controle inflacionário.

Histórico e perspectivas

A Selic foi elevada pela terceira vez consecutiva, retornando ao patamar de dezembro de 2023. Após um ano em 13,75%, a taxa passou por sucessivos cortes até maio deste ano, mas voltou a subir nas reuniões de setembro e novembro, consolidando o ciclo de contração monetária. As próximas reuniões, marcadas para janeiro e março, devem definir os rumos da política monetária com base na evolução do cenário econômico e nas expectativas inflacionárias.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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