Criação de empregos no Brasil sobe 18,8% em outubro, mostra Caged

A economia brasileira gerou 190,4 mil empregos formais em outubro deste ano, conforme divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dia 28. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam o saldo líquido, resultante das contratações (1,94 milhão) menos as demissões (1,75 milhão).

Esse desempenho representa um aumento significativo em relação a outubro de 2022, com uma elevação de 18,8%. É a primeira vez desde março deste ano que o resultado supera o saldo do mesmo mês do ano anterior.

Em outubro de 2020, durante o auge da pandemia da Covid-19, foram criados 365 mil postos de trabalho, enquanto no mesmo período de 2021 foram abertas 252,6 mil vagas formais. Vale ressaltar que a comparação com anos anteriores a 2020 não é considerada adequada devido a mudanças na metodologia governamental.

Nos primeiros dez meses de 2023, o Brasil registrou a criação de 1,78 milhão de vagas formais, indicando uma redução de 23,7% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram gerados 2,34 milhões de empregos com carteira assinada. Em outubro de 2023, o país contava com um saldo de 44,23 milhões de empregos formais.

Os dados do Caged mostram que empregos formais foram criados em quatro dos cinco setores econômicos, abrangendo todas as regiões do país. O salário médio de admissão em outubro de 2023 foi de R$ 2.029,33, representando uma queda real em relação a setembro de 2023 (R$ 2.034,51), mas um aumento em comparação com outubro de 2022 (R$ 2.012,99).

O Caged

O Caged considera apenas os trabalhadores que têm carteira de trabalho assinada e são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se de um sistema utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para o registro de admissões e demissões de trabalhadores no Brasil. Ele foi criado com o objetivo de fornecer informações para a elaboração de políticas públicas e estatísticas sobre o mercado de trabalho.