Economia
Criando uma vida: Estudo revela que criar um filho pode custar de R$ 480 mil a R$ 3,6 milhões
Criar um filho nunca foi barato, ainda mais nas grandes cidades brasileiras. De acordo com especialistas, nestes lugares os custos podem subir até 50% se comparados a outros locais mais afastados das principais metrópoles.
Logo, os custos com os filhos até a sua maioridade (18 anos) transformou-se em um grande problema, principalmente para a classe-média do Brasil, que nos últimos anos viu cada vez mais o seu poder aquisitivo decair vertiginosamente, por conta de diversos fatores.
Por que está cada vez mais caro de sustentar um filho?
Uma importante pesquisa foi realizada pelo Insper e coordenada pela professora do curso de economia da organização, Juliana Inhasz, e os resultados podem nos fornecer um quadro mais detalhado sobre o que realmente está acontecendo.
“O custo de vida aumentou. Como o trabalho se baseia nas classes de renda do IBGE, que define classe de renda de acordo com o número de salários mínimos, quando o salário mínimo sobe, o custo aumenta também”, afirma a docente.
O levantamento se utilizou de dados de classe e renda obtidos através do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e revela que existe um gasto médio de 30% sobre a criação dos filhos, que reincide no orçamento familiar.
Dentre os principais custos, podemos citar: alimentação, lazer, roupas, educação, além de despesas médicas e também moradia. Porém, para a pesquisadora, quem possui mais de um filho tende a ver uma certa diluição desses gastos.
Os números mostrados pelo Insper ainda demonstram que as custas para se manter um filho aumentam conforme a renda da família, e isso apenas serve para demonstrar como a desigualdade no Brasil é acentuada.
Nos grupos familiares mais ricos, o valor investido chega a ser 15 vezes maior, do que os montantes dispendidos pelas classes mais baixas, uma discrepância enorme e que pode ter sérias consequências em um futuro não tão distante assim.
“Falamos muito sobre a tal distribuição de renda, mas dá para entender porque isso se perpetua. É muito difícil colocar alguém da classe D ou E para competir com alguém da classe A. A diferença de investimento nos filhos é absurda”, diz Juliana.
Realizar ações e medidas para promover uma diminuição da igualdade é de suma importância para qualquer país sério. E, investir na criança ainda na primeira infância é essencial para proporcionar a ela melhores oportunidades de desenvolvimento, mas infelizmente o Brasil ainda tem muito o que avançar neste quesito.

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