Investimentos
Crise brasileira ‘sem fim’ afasta investimento estrangeiro do país
Para executivo da Kearney, projetos federais de Infraestrutura, Educação e Saneamento Básico são ‘problemáticos’
O Brasil ficou à margem do investimento estrangeiro global. A conclusão é do diretor da Kearney no Brasil, André Volker, ao avaliar os fatores negativos que pesam sobre a economia nacional, como instabilidade política, inflação, juros elevados e risco fiscal em ascensão.
Oportunidades eventuais – Diante desse cenário de crise, esse investidor externo, prossegue Volker, tem priorizado oportunidades eventuais na bolsa brasileiro, em detrimento de projetos mais duradouros, vinculados a fusões e aquisições de empresas, ou ainda, a leilões de concessões.
Setores problemáticos – Ao mesmo tempo, o executivo classifica como ‘problemáticos’ os projetos desenvolvidos atualmente, sobretudo nos setores de Infraestrutura, Educação e Saneamento Básico.
Perto da lanterna – Depois de liderar, há dez anos, o ranking anual dos 25 países mais confiáveis para investimentos estrangeiros diretos, o Brasil hoje está na 24ª posição, muito perto da lanterna.
Fluxo positivo – Evidência disso foi a saída de R$ 3,6 bilhões da B3 (B3SA3), em setembro, enquanto o fluxo cambial externo para o país foi positivo em R$ 11,3 bilhões, em igual período. No que toca ao acumulado do ano, o saldo é positivo em R$ 84 bilhões, em contraste com o saldo negativo de R$ 7,4 bilhões em 2020.
Bolsa barata – Mais do que perspectivas, as ações em bolsa atualmente atraem mais por seu valor muito barato, haja vista a queda acumulada do Ibovespa no ano – contada até outubro último – de 13,04%. Mas para a analista de ações da XP, Jennie Li, esse ‘interesse’ pode ser alterado a qualquer instante, caso haja piora do quadro fiscal e aumento da incerteza.
Brasil multidimensional – No entendimento do estrategista-chefe de investimentos da gestora Blackrock para a América Latina em Nova York, Axel Christensen, “muitos desafios e riscos do país parecem já estar refletidos no valor das ações, às vezes de forma exagerada, pois, como investidores, buscamos oportunidades, conforme as variações de preço das ações, e o Brasil continua a oferecê-las em várias dimensões”.
Perda de espaço – Christensen, vai além, ao apontar que “o Brasil e a América Latina estão perdendo espaço para a Ásia, que tem tido maior peso nas carteiras de investimento, especialmente em ações”.
Ativos rendem menos – Já a líder da área trabalhista do Madrona Advogados, Priscilla Carbone, avalia que “o interesse dos investidores estrangeiros não ‘esfriou’, até porque o Brasil está barato, embora seja verdade, também, que os ativos rendem menos do que deveriam”.
Participação cai – O diretor de Finanças Corporativas da Duff & Phelps, Alexandre Pierantoni, observa que a participação estrangeira em projetos de fusões e aquisições tem apresentado queda, desde 2017. “Este ano, os estrangeiros terão participação de 20% a 25% dos negócios. Em 2019, eram 32% e em 2017, 40%. O Brasil está perdendo espaço”, conclui.

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