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Crise energética, Casa Branca inadimplente e IR pautam quinta no Ibovespa

Oferta extra de gás russo à Europa; suspensão da dívida dos EUA e mais recursos a municípios influem nas cotações

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Crédito: pós uni

A ampliação do fornecimento de gás natural da Rússia à Europa; a promessa dos EUA de incrementar suas reservas estratégicas de petróleo, a fim de conter os preços da commodity, assim como o iminente acordo, no Congresso ianque, no sentido de elevar o teto da dívida do país que detém a maior economia do planeta.

Alívio temporário – A combinação desses fatores trouxe alívio, mesmo que momentâneo, aos mercados internacionais, que deverão, no entanto, continuar a apresentar volatilidade, por conta de ‘gargalos’, até agora insuperáveis, nas cadeias de suprimento globais, o que acaba turbinando a inflação mundial.

Índices avançam – Reflexo disso, índices futuros norte-americanos e bolsas europeias e asiáticas avançam, a despeito do desconhecimento geral em relação ao ritmo de retirada da injeção de liquidez bilionária mensal de US$ 120 bilhões na economia estadunidense pelo seu banco central, o Federal Reserve (Fed), medida criada na pandemia, que também afeta todos os mercados.

‘Bombeiro’ Putin – No noticiário mundial, ganha destaque a iniciativa do presidente russo, Vladimir Putin, que se comprometeu publicamente a ampliar o fornecimento de gás natural, como socorro ao ‘velho continente’, dependente quase integralmente, da commodity, cujos preços dispararam 40% na quarta (6), fechando em queda entre 7% e 8%, no mesmo dia. Já pelo Independent Commodity Intelligence Services, no período entre o início de agosto e o meio de setembro último, o gás acusou elevações de até 119% na Alemanha, e de 149% na França.

Calote afastado – Também contribuiu para a recente ‘calmaria’ global, a iniciativa do líder republicano no Senado americano, Mitch McConnel, de propor a suspensão temporária do prazo para renegociação do teto da dívida do governo Biden – tendo em vista evitar o calote da Casa Branca e uma crise, não só local, mas mundial – mas também o recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, cuja alta dos últimos dias pressionou muito os índices inflacionários locais.

Contratação em alta – Igualmente positiva é a informação de que o ritmo de contratação de empresas estadunidenses em setembro último superou as expectativas, subindo 568 mil, contra uma previsão de 425 mil, por economistas consultados pela Dow Jones.

Ásia no azul – Após amargarem dias seguidos de baixas, as bolsas asiáticas, finalmente, voltaram a operar no azul, a exemplo do Hang Seng, de Hong Kong – que subiu 3,07% turbinado pelo avanço dos papéis da gigante de tecnologia Tencent (5,6%) e da Alibaba (7,28%) –  do Kospi sul-coreano, que teve alta de 1,76% e o Nikkei japonês, que cresceu 0,54%. O mercado chinês, devido a feriados, permaneceu fechado, apesar da valorização de 31,72% dos papéis da Chinese Estates, após a empresa anunciar financiamento para fechamento de capital.

Europa positiva – Na Europa, o índice Stoxx – composto pelas ações de 600 empresas dos 17 países europeus – subia 0,8%, impulsionado pelo desempenho positivo do setor automobilístico.

BCs com a palavra – Na agenda do mercado, destaque para pronunciamentos de autoridades de bancos centrais, a começar pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que profere palestra na BIS Conference; o Banco Central Europeu (BCE) divulga as atas da reunião de política monetária, e Sabine Mauderer, do Banco Central alemão, também discursa, enquanto, John Williams, do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês), do Fed, faz o mesmo.

Repasse bilionário – Na agenda econômica no Congresso, a Câmara aprovou repasse adicional de IR e IPI para municípios, que devem receber um aporte de recursos de R$ 1,6 bilhão, no ano que vem, e de R$ 4,6 bilhões em 2025. O Senado, por seu turno, manteve, como esperado, a isenção de ICMS para os setores portuário, aeroportuário, comercial e agropecuário, por até 15 anos, contrariando a pretensão fiscal do Planalto e em meio à uma ‘guerra fiscal’ entre estados. Agora, a medida segue para sanção presidencial ou não.

Improbidade administrativa – Também sujeito à sanção bolsonarista está o projeto, aprovado nessa quarta (6) pela Câmara, que revisa a Lei de Improbidade Administrativa, cuja inovação mais importante é “a exigência de dolo (intenção) para que agentes públicos sejam responsabilizados”, ao passo que eventuais danos decorrentes de imprudência, imperícia ou negligência ficam fora do critério de improbidade.

Créditos suplementares – Na pauta legislativa dessa quinta (7), a votação de PLNs (projeto de lei do Congresso Nacional) de créditos suplementares, com o objetivo de ‘destravar’ R$ 164 bilhões referentes a despesas condicionadas à regra de ouro. No movimento político, DEM e PSL anunciaram a fusão das legendas, para dar origem ao partido União Brasil, de posicionamento ideológico mais à direita no cenário partidário nacional.

Principais indicadores  

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,52%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,64%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,88%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,01%
*Dax (Alemanha), +1,2%%
*CAC 40 (França), +1,32%
*FTSE MIB (Itália), +1,15%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,54% (fechado)
*Shanghai SE (China), (não abriu)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +3,07% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,76%

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, -1,49%, a US$ 76,27 o barril
*Petróleo Brent, -1%, a US$ 80,27 o barril
*Bitcoin, +5,84%, a US$ 54.110,35
*Sobre o minério de ferro: **A bolsa de Dalian permaneceu fechada por conta de um feriado.
USD/CNY = 6,45

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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