Culpa do PIX! Bancos decidem encerrar serviço que fez história no Brasil

Um dos serviços mais conhecidos e que fez história no sistema bancário nacional está com os dias contados. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as instituições associadas a ela adotarão uma mudança importante no próximo ano.

A partir do dia 29 de fevereiro de 2024, transferências via Documento de Ordem de Crédito, o famoso DOC, deixarão de ser executadas.

O mesmo prazo vale, também, para o fim da Transferência Especial de Crédito (TEC), que são operações feitas por empresas para pagar benefícios a funcionários. Qualquer transação via DOC ou TEC, hoje, tem limite de R$ 4.999,99.

Afetados

Essa decisão deve afetar milhares de pessoas e empresas no país. Com o avanço do Pix, enquanto modalidade de pagamento e transferências, essas alternativas acabaram perdendo espaço.

O DOC, por exemplo, só é efetivado no dia seguinte, após o recebimento da ordem pela instituição. Já a TEC é concluída até o final do dia, mas não de maneira instantânea.

Existe ainda a Transferência Eletrônica Direta (TED), outra modalidade de transação, mas que deve seguir ativa, pois, até então, a Febraban não divulgou nada sobre o encerramento dela.

Calendário

Conforme o cronograma divulgada pela Federação, pessoas físicas e jurídicas terão até aas 22h do dia 15 de janeiro de 2024 para fazer transferências DOC e TEC.

Entre essa data e o dia 29 de janeiro, quando os serviços serão extintos, será disponibilizada a opção de agendamento, com processamento realizado no mesmo dia.

Trajetória do DOC

O DOC foi criado em 1985 e se encerra, agora, quase 40 anos depois, em razão do custo/benefício gerado aos consumidores.

O Pix revolucionou a maneira como as pessoas transferem dinheiro hoje, instantaneamente e sem cobrança de taxas. Não é de se espantar, portanto, o abandono dos modelos antigos.

No ano passado, o Pix atingiu 24 bilhões de operações, enquanto os cartões de crédito foram usados em 18,2 bilhões. Em terceiro lugar, apareceram os cartões de débito com 15,6 bilhões, seguidos pelos boletos, com 4 bilhões.

O TED apareceu em quarto, os cheques em quinto e o DOC ocupou, somente, a última posição, com 59 milhões de transações.